Brasil enfrenta a 4ª onda de calor, próximos dias serão terríveis
Nova onda de calor pode ocasionar temperaturas acima dos 45º no Brasil.
Os brasileiros enfrentam uma nova onda de calor, iniciada neste sábado (11), e que se estenderá ao longo da próxima semana. A quarta onda de calor do Brasil poderá fazer os termômetros ultrapassarem a marca de 45º, na área central do país.
A quarta onda de calor pode ser a mais intensa já registrada. Pelo menos 11 estados devem registrar temperaturas de pelo menos 5º acima da média para esta época do ano. A onda é tão forte que estados das cinco regiões deve ser afetados, entre eles a Bahia.
“Estamos diante de uma onda de calor histórica, em um mês em que normalmente temos a umidade se espalhando de novo sobre o país, com chuvas amplas e volumosas, com radiação solar mais intensa e dias mais longos. Potencialmente teremos recordes mensais para novembro em Palmas, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá e Campo Grande.” (…) “É possível que esta onda de calor seja mais forte do que a de setembro, em termos de duração e abrangência.” Diz o meteorologista da Climatempo Vinicius Lucyrio.
O que é onda de calor?
A onda de calor se forma toda vez que em que ocorre um bloqueio atmosférico, geralmente ela se estende por vários dias, fazendo as temperaturas ficarem bem acima do normal. Segundo a Climatempo um alta pressão faz ar se movimentar de cima para baixo, denominando-se subsidência, o que faz o umidade do ar diminuir, dificultando a formação de nuvens carregadas. A agência diz também que a alta pressão comprime o ar da superfície fazendo esquentar.
O que é a onda de calor?
Ondas de calor têm sido cada vez mais recorrentes no Brasil e no mundo. A definição de onda de calor pode variar. Segundo o IPCC, onda de calor existe quando, durante pelo menos cinco dias consecutivos, as temperaturas máximas diárias registradas são superiores a 5º.
As altas temperaturas registradas no Brasil estão associadas em parte ao El niño que aquece as águas do oceano Pacífico e tem modificado o ciclo de chuva em todo o país, essas mudanças já eram previstas pelos meteorologistas assim que o La niña se desmanchou. Mudanças na circulação dos ventos e o aquecimento do Atlântico Norte também contribuem para o fenômeno.
Conforme o INMET – Instituto Nacional de Meteorologia, a maior incidência de calor já registrada no Brasil ocorreu em Maringá, no ano de 2020, quando os termômetros bateram a marca de 44,8°C, essa marca pode ser superada na próxima semana.
El niño forte deve se estender até o outono.
Conforme previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) e do Climate Prediction Center (CPC), o El niño deve se intensificar até pelo menos o primeiro semestre de 2024. Até lá o fenômeno deve seguir na modalidade forte, somente no outono no Hemisfério Sul é que ele pode perder intensidade, fazendo com que o ciclo de chuva no Brasil fique melhor distribuído, o ápice deve ocorrer entre os meses de dezembro de janeiro.
Em Barreiras na Bahia a previsão indica que os termômetros podem ultrapassar os 38º na próxima semana, Ibotirama pode ir a 41º, Caetité 37º e Vitória da Conquista 45º.
Baixa umidade e suas consequências
Outro problema que acompanha as altas temperaturas é a baixa umidade relativa do ar, em dias de muito calor e nas regiões com previsão de temperatura 5º acima da média a umidade fica abaixo de 30%, condição que oferece riscos a saúde.
Como consequência pode causar desidratação a outros problema, veja abaixo alguns:
- Olhos secos
- Pele escamosa e irritada
- Inflamação e ressecamento da membrana mucosa que reveste o trato respiratório
- Risco de resfriado, gripe e outras infecções
- Dor de cabeça
- Febre
- Sangramento nasal
- Pressão na face
É importante manter em dia uma boa hidratação, apostar numa alimentação saudável, combater o ressecamento das vias aéreas, evitar exposição ao sol, manter o ambiente de casa, ou de trabalho umidificado e planejar o horário de atividade física.
