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Arábia Saudita é acusada de dar mais direitos a um robô do que às mulheres

ROBO ARABIA SAUDITANa última semana, a Arábia Saudita tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer a cidadania de um robô. A criação, nomeada Sophia, foi reconhecida como cidadã saudita na quarta-feira (25), durante o Future Investiment Initiative Summit. “Eu gostaria de agradecer ao Reino da Arábia Saudita. Eu estou muito honrada e orgulhosa desta distinção única”, disse ela.

 

De acordo com o site da revista Marie Claire, as mulheres sauditas não ficaram tão contentes com a decisão do governo local. De acordo com o Broadly, muitas pessoas questionaram o que aconteceria com a robô, já que ela apareceu em frente a uma sala com muitos homens presentes sem um lenço na cabeça ou uma abaya, veste tradicional das mulheres locais. No passado, muitas mulheres já foram presas apenas por postarem fotos suas nas redes sociais sem essa peça de roupa.

 

No Twitter o ocorrido gerou uma hashtag para contestar onde estava o guardião masculino de Sophia e se ela deveria ter um, como qualquer outra cidadã, de acordo com a lei do guardião local. Na Arábia Saudita, todas as mulheres precisam de um homem que seja responsável por decisões básicas como direito de viajar, trabalhar e até fazer alguns procedimentos médicos. “Eu quero ser a Sophia e ter todos os meus direitos”, escreveu uma usuária da rede social.

 

Apesar de ter apresentado uma folga na lei do guardião, concedendo permissão para as mulheres dirigitem livremente em 2018 o país tem sido criticado também por dar cidadania a um robô quando possui questões mais graves envolvendo os direitos humanos. A relação com as mulheres é uma das mais latentes, mas o país também é conhecido por se recusar a dar cidadania aos trabalhadores estrangeiros, que são mais de 9 milhões, que também não tem a liberdade de deixar o país a qualquer momento.

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