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Agentes da Lemos Brito protestam contra extinção da revista corporal; medida é proposta pelo governo, diz sindicato

Servidores da Penitenciária Lemos Brito, na Mata Escura, fizeram uma manifestação na manhã desta quinta-feira (6) protestando contra a proposta do governo estadual de implementar “a Portaria 397, que altera o procedimento de revista no sistema prisional do estado”, disse o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinspeb), Ailton Ferreira de Santiago, em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo ele, a portaria determina o fim da revista corporal aos visitantes, tarefa que passaria a ser feita por máquinas, como o “portal de raio x” e as “esteiras, semelhantes às usadas no aeroporto”, explica Santiago. “Fomos contra a medida porque o governo não criou as condições para que isso funcione”, afirmou o dirigente sindical ao BN, ao ressaltar que concorda que o método atual de revista “é medieval”, mas na atual situação, indispensável para a segurança. “Estamos questionando que o governo está querendo implementar a medida antes de ter os equipamentos necessários”, declarou. De acordo com Ailton Santiago, o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Nestor Duarte, disse que “só vai poder comprar um portal [de raio x]”, que custaria cerca de R$ 1 milhão e seria instalado na entrada do complexo penitenciário da Mata Escura. “O problema é que atrás é tudo aberto”, afirma. Ele esclarece que entre a entrada principal – onde o equipamento seria instalado – e as unidades, os visitantes poderiam ter acesso a “armas, drogas e outros materiais”. O sindicalista relatou que “já flagramos várias vezes o lançamento de ‘bolas’ na UED [Unidade Especial Disciplinar]”. As ‘bolas’ são uma espécie de trouxa que contêm armas brancas, celulares, drogas e similares. Segundo o coordenador-geral do Sisnpeb, Ailton Santiago, o governo estadual “voltou atrás, por enquanto” e não vai implementar “agora” as mudanças na revista. Procurada pelo BN, a assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), afirmou que “ainda não temos uma posição” e “quando tivermos, passaremos para a imprensa”.

 

 

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