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Adélio diz que cogitou filiação à direita e protestou contra o mensalão

Adélio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, afirma que já cogitou aliar-se à direita e que participou de protestos contra o PT. É o que revelam os cinco depoimentos que ele prestou ao delegado Rodrigo Morais, da PF, e as duas declarações que deu aos psiquiatras forenses no presídio federal de Campo Grande. Os documentos foram obtidos na íntegra pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr., colunista do portal UOL.

Segundo a publicação, anteriormente, porém, Adélio já havia se declarado como uma ativista de esquerda, versões publicadas em posts no Facebook e em depoimentos prestados à PF (Polícia Federal).

Conforme Amaury Ribeiro Jr., um dia após o atentado contra Bolsonaro, em depoimento à PF no dia 7 de setembro de 2018, Adélio disse que a partir de 2005 participou de manifestações em Curitiba contra a corrupção ocorrida durante o governo de Lula. “Principalmente em relação aos fatos conhecidos como ‘mensalão’”, explicou Adélio à PF.

Ele voltou a citar o episódio ao ser ouvido por psiquiatras em 7 de fevereiro de 2019 no presídio federal de Mato Grosso do Sul. O laudo psiquiátrico forense em questão levou a Justiça a considerar o crime praticado por ele como inimputável (que não pode ser punido em razão de o réu sofrer de doença mental).

Adélio revelou que, ao se juntar aos manifestantes contra o mensalão, “carregava um caixão funerário, pintado de preto que ele mesmo mandou confeccionar, uma vez que não queriam lhe vender”. No mesmo depoimento, ele elogiou a postura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator do caso, no combate à corrupção.

“Tinha o sonho de fazer Justiça, cumprir a ler, mas acabou aposentado”, disse Adélio. Após a saída voluntária de Joaquim Barbosa do STF, Adélio disse que tirou um passaporte e pensou em deixar o país. “Vi que tudo era uma farsa e tirei o passaporte.”

Bahia.ba

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