Cotidiano

10 atitudes racistas que as pessoas têm todos os dias

TAIS ARAUJO CABELO CRESPOracismo é crime inafiançável no Brasil, tipificado no código penal. Mas nem sempre as atitudes racistas são tão explícitas, quanto os xingamentos ou a agressão física. Por vezes, pequenos hábitos diários, realizados por conta da inserção cultural, são cometidos sem que as pessoas se dêem conta de que aquilo é realizado por racismo. São detalhes tão discretos que muitas pessoas sequer percebem, mas que reforçam a exclusão dos negros da sociedade.

O UOL listou 10 atitudes racistas que muitas vezes passam sem serem notadas. Confira:

 

1. Encarar. Se você “acha estranho” uma pessoa negra estar em determinado local, isso só mostra o quanto elas são excluídas da sociedade, não?

2. “Cor de pele”. O tom “cor de pele” é associado a cores claras, mas “cor de pele” vai desde os tons mais claros até os mais escuros. Marrom também é cor de pele.

3. Chamar de “nega”. “Nega” e “pretinha”, ainda que ditos de forma carinhosa, são ofensivos para muitas pessoas.

4. Ter medo de ser roubado. Você atravessa a rua quando vê um negro se aproximando em sua direção? Ou observa mais atentamente um cliente negro quando ele entra na loja? Isso é racismo.

5. Pegar no cabelo. Muitas pessoas negras já passaram pela situação desconfortável de estar em um local e uma pessoa de repente pegar no seu cabelo. Mesmo as pessoas conhecidas não tem esse direito.

6. Deduzir que negros são pobres.

7. Tratar negros como “exóticos”. 55% da população brasileira é negra, por isso, não é “diferente” ser negro – e muito menos exótico.

8. Dizer que um negro não é negro. Negras são negras, não as diminua com expressões como “morena clara”, como se ser negra fosse um problema, uma ofensa. .

9. Esperar que negros eduquem os brancos sobre racismo. A obrigação é sua de quebrar preconceitos e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.

10. Achar que nenhuma destas atitudes é racismo e que tudo é “vitimismo” e “frescura”. “Racismo não é mimimi. Só porque você não sofre, não pense que não existe”, diz Marli Rosa, professora de inglês.

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