Cidades

Zika chegará com mais força no Sudeste; pico deve ser em abril

Exposição de grávidas ao vírus da zika é a que mais preocupa as autoridades, vírus é apostando como responsável pela microcefalia.

zika gravidez microcefaliaO nascimento de crianças com microcefalia no Sudeste do Brasil já é uma grande preocupação de médicos e do governo com o aumento de casos suspeitos de infecção por vírus da zika na região. Somados, os quatro Estados registraram cerca de 6.500 casos suspeitos de zika até agora.

Em São Paulo, há ao menos 37 casos de crianças com microcefalia com características de associação ao vírus e 900 grávidas com suspeita de zika. No Rio de Janeiro, nove casos de má-formação no sistema nervoso de bebês foram confirmados; no Espírito Santo, há outros quatro casos confirmados; e em Minas Gerais, mais dois.
 
O pico de contágio em São Paulo e Rio de Janeiro, porém, ainda é esperado para abril e maio, épocas de elevação histórica da dengue, também transmitida pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes Aegypti. No Espírito Santo, espera-se o pico para este mês.
A impressão que eu tenho é que nós estamos tendo uma epidemia de zika aqui no Sudeste. A magnitude dela eu não sei. A gente vai ter que esperar um pouco a disponibilização dos exames sorológicos para poder definir mais
Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses
O aumento de casos no Sudeste preocupa pois a região concentra 42% da população brasileira, o que poderia multiplicar os casos de microcefalia no país. O Ministério da Saúde já alertou para a expansão da epidemia em outras regiões do país. “Estamos prevendo uma expansão [do surto de zika e dos casos de microcefalia] nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”, explicou Claudio Maierovitch, diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério.
Uma pesquisa da Fiocruz estima que o percentual de fetos com lesões neurológicas entre grávidas diagnosticadas com zika pode chegar a 29% — no entanto, o número ainda é controverso. Um estudo retrospectivo feito na Polinésia Francesa apontou que a proporção seria de 1 para 100.
Se o combate ao mosquito Aedes aegypti –ou novos remédios– não impedirem a epidemia de zika de se alastrar em áreas mais populosas do Brasil, Timerman estima que possam nascer de 50 mil a 70 mil crianças com lesões neurológicas ou microcefalia até 2020. O Ministério da Saúde, questionado sobre previsões, informou que não faz ou comenta projeções.
Até o momento, o país tem 907 casos de microcefalia confirmados e mais de 4.200 em investigação. A OMS calcula que o número de casos confirmados deve chegar a2.500 ainda este ano.
Sabe-se, até o momento, que o vírus da zika circula em 22 Estados e no Distrito Federal. Fonte: Uol.
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