Cidades

Youssef cita tentativa de reunião com Renan Calheiros

YOUSSEFO doleiro Alberto Youssef afirmou em delação premiada no ano passado que tentou agendar um encontro com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas que não conseguiu por “desencontro de agendas”. O encontro seria para tratar do aporte de dinheiro ao Fundo Máxima, criado pelo doleiro, pelo Postalis, fundo de pensão dos Correios. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o Fundo Máxima seria utilizado por Youssef para lavar dinheiro de suas atividades ilícitas.

No depoimento, o doleiro detalha como adquiriu, entre 2009 e 2010, a empresa de turismo espanhola Marsans International, que estava passando por dificuldades financeiras e que, por isso, seus executivos estavam tentando vendê-la no Brasil, onde possuía 38 lojas. Youssef então abriu a empresa Graça Aranha para adquirir a companhia, pela qual pagou US$ 2 milhões, em uma transação que foi registrada no Banco Central. Após a compra, ele criou o Fundo Máxima, junto ao Banco Máxima, para angariar recursos para a Marsans, que estava endividada. Todas as cotas do fundo foram compradas pela Graça Aranha e, a partir daí, o doleiro buscou investidores em vários fundos municipais, estaduais e até de servidores públicos, para conseguir dinheiro. A iniciativa faz parte de uma estratégia recorrente do doleiro que, segundo constataram os investigadores da Lava Jato, utilizava de sua megaestrutura de contas bancárias ao redor do mundo e empresas de fachada para adquirir empresas em dificuldade financeira e aplicar dinheiro ilícito nelas para que ele fosse lavado.

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