Cotidiano

‘Votar em mim é se ver no espelho’, diz Denice em primeira entrevista na TV

A candidata do PT a prefeita de Salvador, Major Denice Santiago, afirmou nesta terça-feira (29) ter expectativa de que crescerá nas próximas pesquisas de intenção de voto, cujas projeções mais recentes mostram o vice-prefeito Bruno Reis (DEM) na dianteira, com 35% das intenções de voto, enquanto seus principais adversários aparecem tecnicamente empatados em segundo lugar. Denice, por sua vez, soma 7%, seguida por Bacelar (Podemos) e Hilton Coelho —cada um com 3%.

“As pessoas só estavam acostumadas a me ver de farda, entrando na casa das mulheres para protegê-las. Agora, as pessoas estão conhecendo um pouco mais de mim, ouvindo minhas propostas e as próximas pesquisas dirão”, declarou ela durante o programa Que Venha o Povo, da TV Aratu.

Na entrevista, conduzida pelo jornalista Casemiro Neto, a idealizadora da Ronda Maria da Penha respondeu, dentre outras indagações, o que a motivou a entrar na disputa pelo Executivo municipal. Dizendo-se “preparada”, afirmou que própria trajetória de vida a impôs o desafio.

“Sou uma mulher, negra, nasci na periferia de Salvador, estudei em escola pública e, aos 18 anos, passei na Polícia Militar. Aprendi muito, consolidei o que aprendi em casa com painho e mainha. Nós fomos ensinados a cuidar das pessoas. Pude doar, na polícia, esta minha relação às pessoas. Sou essa mulher, essa menina, essa mãe, essa policial, esse mosaico que decidiu colocar seu nome na disputa para cuidar das pessoas. Vim para fazer o que decidi fazer por toda a minha vida, que é cuidar de gente”, prometeu Denice, que se descreveu como “a cara do povo” que vive na capital baiana.

“Votar em mim é se ver no espelho”, disse ela na entrevista.

Violência policial: candidata vê ‘generalização’

Questionada como vê a questão da violência policial, Denice criticou o que chamou de “generalização”. Para ela, os bons policiais são maioria na corporação, e os equívocos, “cometidos por poucos”, devem ser responsabilizados.

“Sou mãe de um filho negro. Todas as vezes que meu filho sai de perto de mim, fico aflita, a gente pede a Deus. Sinto a mesma aflição”, afirmou a candidata.

“São mais de 30 mil homens e mulheres. Tem eu, também, que junto com muitos outros policiais criamos e consolidamos uma política pública referência no mundo inteiro para a proteção de mulheres. É claro que existem pessoas que, quando fazem a escolha de não serem profissionais, devem ser responsabilizadas por isso”, acrescentou a  fundadora da Ronda Maria da Penha, segundo ela, um dos bons exemplos da PM baiana.

Ainda no contexto da segurança pública, a postulante petista afirmou que, se eleita, a Guarda Civil Municipal  trabalhará sob a perspectiva da prevenção.

“Acho que a ordem está errada. Nós estamos trabalhando muito, enquanto segurança e instituições, enfrentando o crime. Temos que inverter essa ordem. Temos que trabalhar é na prevenção da violência. A gente tem que melhorar é iluminação pública, limpar espaços onde as pessoas podem se esconder, isso é prevenção da violência. É no município que as coisas acontecem. Onde o nosso cidadão estiver, eles têm que saber que estão protegidos”, afirmou.

Bahia.ba

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