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Volta às aulas: pais e responsáveis devem ficar alertas à Síndrome mão-pé-boca

Surtos da doença são registrados desde o fim do isolamento social; Diretora médica do Leme dá dicas de como evitá-la.

Salvador, fevereiro de 2022 – Escolas de vários estados do Brasil registraram aumento nos casos da Síndrome mão-pé-boca no fim de 2021 e o estado da Bahia não passou impune ao aumento na transmissão da doença: a Síndrome Mão-Pé-Boca foi considerada como um surto epidemiológico em Salvador e recôncavo no ano de 2019 e, em outubro de 2021, registrou um aumento expressivo do número de casos. Com o avanço da vacina contra a covid-19 e o retorno às atividades presenciais, os alunos ficam mais vulneráveis a outras infecções virais. Para que os pais tomem os cuidados necessários para evitar transmissões no início do ano letivo de 2022, a diretora médica do Leme — unidade de medicina diagnóstica da Dasa, maior ecossistema de saúde integrado do país — Marla Cruz, esclarece as principais dúvidas sobre a doença:

O que é a Síndrome mão-pé-boca?

MC:

A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.

Como a doença é transmitida?

 MC:

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.


Quais são os principais sintomas?

 MC:

— Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;

— Aparecimento na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;

— Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;

— Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;

— Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.

Como evitar e tratar a doença?

MC:

Não existe vacina contra a Síndrome da mão-pé-boca, por isso os cuidados preventivos são muito importantes: a higiene das mãos é essencial para reduzir o risco de infecção, assim como não usar objetos que entram em contato com a boca de outras crianças, principalmente aquelas com sintomas.

Crianças já diagnosticadas com a doença devem ser afastadas do convívio com outras até que se encerre o tratamento e o período de transmissão. O tratamento deve ser orientado por um médico e tem como objetivo aliviar os sintomas.

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