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Você sabia? Alguns alimentos podem atrapalhar o efeito de remédios

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(Crédito: divulgação)

Além de se preocupar com o horário para tomar remédios, outro aspecto para se levar em conta, quando se está em um tratamento, é o consumo de determinados alimentos. Dependendo de como esses dois elementos são administrados, pode haver uma absorção maior ou menor do medicamento ou mesmo uma potencialização do efeito. Pelo fato de existirem milhares de compostos medicamentosos, não é possível se prevenir de todas as situações. Contudo, é fundamental ficar em alerta sobre alguns pontos.

O primeiro cuidado (e o mais básico) é armazenar corretamente os alimentos no refrigerador e realizar a manutenção adequada desse equipamento com frequência. Uma geladeira comum, por exemplo, precisa ser descongelada de forma manual, enquanto um modelo de geladeira frost free não exige essa necessidade. Assim, o indivíduo não corre o risco de contrair qualquer tipo de problema decorrente de um alimento estragado por mau armazenamento, prejudicando, assim, o tratamento medicamentoso.

Quando o assunto é o horário de consumo dos alimentos e a compatibilidade com os remédios, existem várias diferenças, de acordo com a combinação entre os nutrientes e compostos do comprimido. Em geral, a opinião dos especialistas é ingerir o remédio de barriga vazia, já que os alimentos retardam a absorção pelo o organismo. Mas como tudo, há exceções: anti-inflamatórios, a metformina (usada contra o diabetes) e algumas outras medicações precisam ser administradas logo após a refeição, para que elas não agridam o estômago.

Alguns alimentos, por sua vez, podem prejudicar a absorção de determinados remédios. A fibra pectina, encontrada em frutas como maçã, ameixa, goiaba e mexerica, pode atrasar a absorção de remédios à base de paracetamol, como o Tylenol. A substância também está presente em outros produtos industrializados e é usada como um agente espessante, dado às substâncias capazes de aumentar a viscosidade de um líquido sem substancialmente alterar suas outras propriedades.

As fibras insolúveis do feijão e da lentilha, por sua vez, podem atrapalhar tratamentos à base de digoxina, receitado contra a insuficiência cardíaca e o cálcio pode interferir na absorção do antibiótico tetraciclina. Em alguns casos, o consumo de alimentos pode desencadear uma intoxicação e, por isso, merecem mais cuidado. É o caso, por exemplo, do consumo exacerbado de doses de xantina, presente no café, chá e chocolate e no princípio ativo teofilina, que trata a asma.

Indivíduos que usam antidepressivos da classe inibidora da enzima monoaminoxidase também precisam ficar alertas com a tiramina, molécula encontrada em bebidas e comidas fermentadas. Ela pode desencadear crises graves de hipertensão. O álcool, por sua vez, interage de formas diversas com os remédios e, por isso, o cuidado também deve ser redobrado. Como as combinações podem desencadear múltiplas possibilidades, a recomendação é sempre perguntar ao médico o que é preciso evitar assim que a receita estiver prescrita. Normalmente, o profissional dará as indicações, mas é sempre importante checar — e seguir a risca as orientações.

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