Segundo informações do jornal The Wall Street Journal, o governo norte-americano está analisando a hipótese de oferecer perdão ao líder Nicolás Maduro e aos seus principais aliados militares, que foram acusados pelo Departamento de Justiça. Em contrapartida, os EUA se comprometeriam a não iniciar processos de extradição contra eles, desde que ocorra uma transferência de poder na Venezuela.
Conforme reportagem da Folha de São Paulo, a medida do governo dos Estados Unidos em relação a Maduro é algo fora do comum, porém não é a primeira vez que ocorre. Em um evento em Doha no ano passado, o país já havia proposto anistia ao líder, mas ele recusou qualquer acordo que envolvesse renunciar ao cargo, de acordo com fontes próximas ao governo, e essa posição permanece a mesma. Desde 2020, Washington vem perseguindo Maduro, quando ofereceu uma recompensa de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 82,6 milhões, na atual cotação) por informações que levassem à sua prisão, sob a acusação de cumplicidade com o tráfico de drogas no país.
O poder de Maduro sobre órgãos como as Forças Armadas e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) impacta negativamente as perspectivas do governo Joe Biden e ele mesmo demonstra discordâncias em relação ao seu posicionamento em relação aos Estados Unidos, ora se mostrando receptivo a diálogos, desde que haja respeito por parte de Washington, ora defendendo a autossuficiência do país.
