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Vigorexia. Quando o exercício físico passa a ser uma obsessão

HOMEM MUSCULOSOCaracterizada pela procura excessiva do corpo ideal com recurso à prática excessiva de exercício físico e ao consumo de suplementos que potenciam o aumento da massa muscular, a vigorexia é um transtorno obsessivo-compulsivo que não só pode ser penoso para a saúde física, como pode também ser fatal para a mental e para a social.

De acordo com a psicóloga Júlia Machado, do Hospital Lusíadas Porto, este transtorno “ainda não é considerado uma doença, mas apresenta-se como uma condição tão ou mais perigosa que as já conhecidas bulimia e anorexia”.

Apesar de o exercício físico ser um “excelente aliado da nossa saúde”, a médica alerta para o fato de as pessoas perderem “o controle sobre a frequência e intensidade de exercício físico, mantendo uma procura incessante por uma imagem perfeita, sendo a autoimagem muitas vezes distorcida no espelho, tal como acontece com outros transtornos alimentares”.

Numa nota enviada às redações, Júlia Machado explica que quando se está perante um cenário de vigorexia: “a pessoa passa a viver única e exclusivamente para a academia e segue uma alimentação que objetiva excessivamente o aumento da massa muscular, recorrendo quase sempre a anabolizantes que potenciam este aumento”.

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Esta condição, também chamada de transtorno dismórfico muscular, “é mais comum em homens, com idades entre os 18 e os 35 anos, e pode resultar num desconforto psicológico que se manifesta por depressão, ansiedade, alterações de memória, baixa autoestima, isolamento social, entre outros”.

A nível físico, a psicóloga salienta que podem ocorrer “alterações no corpo, como deformações ósseas e problemas articulares causados pelo excesso de esforço físico”.

Mas, em que medida a vigorexia pode afetar a vida social? “As pessoas com este transtorno obsessivo tendem a isolar-se da família e dos amigos, de forma a não quebrarem a sua rotina diária, muitas vezes deixando também afetar a estabilidade profissional, acabando por, em muitos casos, perder o emprego”.

O tratamento desta condição requer a sinergia entre várias áreas da medicina, sendo, por isso, importante que a pessoa com vigorexia seja acompanhada por um nutricionista, um endocrinologista, um psicólogo e ainda um fisioterapeuta ou ortopedista, nos casos em que se verificam lesões a nível físico e muscular.

 

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