Cidades

Velejadores brasileiros são condenados em Cabo Verde por tráfico internacional de drogas

VELEJADORES CONDENADOSA Justiça de Cabo Verde condenou três velejadores brasileiros por tráfico internacional de drogas. Os acusados foram condenados a 10 anos de prisão e expulsão do país após cumprimento da pena, com proibição de retorno por um período de cinco anos. A sentença foi anunciada na manhã desta quinta-feira (29), no tribunal da cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente, pelo juiz do Tribunal de São Vicente, Antero Tavares.

O julgamento foi iniciado no dia 12 de março, quando os velejadores foram ouvidos. Foram condenados Rodrigo Dantas e outro velejador baiano, Daniel Dantas, além do gaúcho Daniel Guerra e o capitão da embarcação, de naturalidade francesa, Olivier Thomas. De acordo com o Sapo Notícias, durante o julgamento, o Ministério Público pediu a condenação dos quatro estrangeiros, por considerar que são os únicos que podem dizer quando, como e com que ajuda foram introduzidos 1.157 quilos de droga no barco, avaliado em cerca de 82 milhões de euros. Os velejadores e o capitão foram condenados por terem levado cocaína no veleiro que pilotavam com destino à Ilha de Açores, em Portugal. Essa foi a maior quantidade apreendida na ilha de São Vicente, depois dos 521 quilos no caso Pérola Negra, em novembro de 2014, numas das praias da ilha. O inquérito da Polícia Federal brasileira foi desconsiderado pela Justiça.

Os advogados dos velejadores vão recorrer da decisão e pedir o cancelamento do julgamento. Os familiares dos condenados afirmam que eles não sabiam que a droga estava no barco e dizem que eles são inocentes. As famílias argumentam que eles foram vítimas de uma emboscada e a droga foi colocada no barco sem que eles soubessem. Os velejadores teriam sido atraídos para a viagem a partir de um anúncio de emprego na internet para compor a tripulação do veleiro que tinha acabado de ser reformado em um estaleiro em Salvador. Rodrigo e outro velejador baiano, Daniel Dantas, foram contratados pela empresa internacional de recrutamento de mão-de-obra, a Yatch Delivery Company, com sede na Holanda. Em Natal, o gaúcho Daniel Guerra se juntou à equipe. Antes de sair do Brasil em agosto, o veleiro passou por inspeções da Polícia Federal em Salvador e em Natal.

O barco foi liberado sem que nenhuma irregularidade fosse encontrada, mas na Ilha de Mindelo, em Cabo Verde, na África, o veleiro foi mais uma vez inspecionado e mais de uma tonelada de cocaína foi encontrada escondida em um piso de concreto e cimento na embarcação. O barco pertence ao inglês Geoge Fox, que só foi apresentado à tripulação na véspera da viagem. Rodrigo ficou quatro meses em liberdade condicional em Cabo Verde, mas foi preso em dezembro do ano passado.

BN

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