Cotidiano

Valorização do salário mínimo modifica a cara da economia

165599O Brasil adotou, a partir de 2003, uma forte política de valorização do salário mínimo. Na época, houve críticas de que os impactos seriam negativos para as contas públicas. Mas, após 12 anos, os resultados positivos são evidentes e efetivos. O valor atual de R$ 788, por exemplo, é o maior em termos reais desde 1983 e tem o melhor poder de compra desde o início do Plano Real. A melhoria na capacidade de consumo foi constatada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O mínimo de hoje compra o equivalente a 2,22 cestas básicas por mês, mais que o dobro do ano de 1995 (1,02). O crescimento se explica pelo aumento real (acima da inflação) de 76% do valor do mínimo desde 2003 – quando o valor era de R$ 200.A influência do mínimo é grande na economia brasileira. Segundo o Dieese, um total de 46,7 milhões de brasileiros e brasileiras tem atualmente rendimentos que são corrigidos com base no salário mínimo. Neste ano, por exemplo, o reajuste para R$ 788 vai colocar R$ 38,4 bilhões na economia. O efeito é maior na região Nordeste, onde 54,4% dos trabalhadores ganham um salário mínimo. Com mais dinheiro no bolso, mais pessoas saíram da situação de pobreza, criando a chamada “nova classe média” ou “classe C”. As Nações Unidas (ONU) divulgou um estudo nesta semana e afirmou que, entre os anos de 2000 e 2008, dois terços (66%) da queda da desigualdade no Brasil se deveram à política agressiva de aumento do salário mínimo. Esse movimento foi detectado também pelo Banco Mundial. “De 1990 a 2009, cerca de 60% dos brasileiros passaram a um nível de renda maior. Ao todo, 25 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema ou moderada. Isso representa uma em cada duas pessoas que saíram da pobreza na América Latina e no Caribe durante o período”, diz um estudo do Banco Mundial, divulgado em meados de abril deste ano. (Portal Brasil)

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