Saúde

Uso medicinal de cannabis pode beneficiar pacientes com transtornos mentais

Um pedido da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para que o Supremo Tribunal Federal determine um prazo para o governo regulamentar o plantio da cannabis sativa, a planta da maconha, para fins medicinais reacendeu dúvidas e debates sobre os benefícios da substância no tratamento de certas patologias. Um dos segmentos dentro da área da saúde que se beneficia do uso da cannabis medicinal é a saúde mental, pois pode contribuir para o tratamento de doenças como o Alzheimer.

utilizacao da cannabis
Luiz Guimarães

O psiquiatra da Holiste Psiquiatria, Luiz Guimarães, destaca que entre as principais doenças que podem ser tratadas com a substância estão dor, epilepsia, HIV, câncer, doenças neurodegenerativas, mal de Parkinson, doença de Alzheimer, caquexia, glaucoma e transtorno de estresse pós trauma.

A substância também poderá ser importante no tratamento de diversas dificuldades associadas ao autismo.

“As vantagens que a cannabis medicinal oferece são o menor risco de efeitos colaterais e a maior eficácia que algumas medicações que estão em uso. Assim como qualquer fármaco, existem riscos e contraindicações, mas isso será avaliado e considerado pelo médico”, destaca.

No Brasil, o uso terapêutico de canabidiol foi autorizado pela Anvisa em 2015, mas o processo de importação é longo. Dados apontam que, no Brasil, de 2015 a maio de 2018, os produtos derivados da maconha foram prescritos por mais 800 médicos e 4.617 pessoas já tinham obtido autorização para importar a substância para uso próprio. Para comprar a medicação, o paciente precisa ter uma receita especial e passar por diversas etapas de autorização da Anvisa para a importação, além de ter a permissão a Receita Federal para a entrada da medicação no país.

Utilização

No Mundo, mais de 40 países já utilizam a cannabis para uso medicinal, permitindo o plantio para pesquisa e para o tratamento de várias doenças. Raquel Dodge pontuou que a indefinição sobre a matéria inviabiliza que inúmeros pacientes tenham acesso a substâncias aptas a restabelecer ou melhorar sua saúde e qualidade de vida. A procuradora-geral enfatizou que não está em discussão a liberação total da planta ou o uso recreativo.

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