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Tufão Shanshan atinge o Japão e governo pede retirada de 4 milhões de pessoas

A principal ameaça no resto do país é uma taxa de precipitação elevada, com a previsão de 500 milímetros de chuva em áreas como Shikoku e Honshu. O volume pode ser maior que o registrado em todo o mês de agosto.

Nesta quinta-feira, 29, quase 4 milhões de pessoas no sul do Japão foram instadas a deixar suas casas devido à chegada do tufão Shanshan. O tufão provocou um deslizamento de terra que resultou na morte de três pessoas e deixou pelo menos um desaparecido. Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas e mais de 250 mil residências estão sem energia elétrica.

Segundo informou o Correio, devido ao impacto do tufão Shanshan, foram suspensos voos, serviços de trem-bala e atividades de grandes empresas em várias regiões afetadas.

A CNN informou que a Agência Meteorológica do Japão emitiu um raro alerta de emergência para a tempestade, destacando preocupações com inundações e deslizamentos de terra em Kyushu, a principal ilha mais ao sul do país. Um aviso de retirada de nível 4, o segundo alerta mais alto, está em vigor para toda a ilha, afetando 3,7 milhões de moradores.

Na noite de terça-feira, 27, em Aichi, na ilha de Honshu, uma família de cinco pessoas foi soterrada por um deslizamento de terra. De acordo com a CNN, três pessoas morreram no incidente — um casal na faixa dos 70 anos e um homem de 30 anos. Duas mulheres foram resgatadas dos escombros, com uma delas em estado grave.

O tufão Shanshan causou o cancelamento de mais de 700 voos e o fechamento de partes das principais rodovias em Kyushu. Além disso, houve a suspensão dos serviços de trens-bala e das atividades de correios, supermercados e montadoras como Toyota, Honda, Mazda e Nissan. Mais de 255.150 residências na ilha ficaram sem energia elétrica, conforme informado pela Kyushu Electric Power.

A Associated Press (AP) reporta que mais de 70 pessoas ficaram feridas na ilha de Kyushu, principalmente nas cidades de Miyazaki e Kagoshima. Aproximadamente 20 mil pessoas buscaram abrigo em centros comunitários municipais, ginásios escolares e outras instalações temporárias.

O secretário-geral do Gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse em uma entrevista coletiva que “chuvas recordes são esperadas” e que as autoridades estão tentando “avaliar o estado dos danos e implementar medidas de resposta a desastres de emergência”.

A principal ameaça no resto do país é uma taxa de precipitação elevada, com a previsão de 500 milímetros de chuva em áreas como Shikoku e Honshu. O volume pode ser maior que o registrado em todo o mês de agosto.

Tempestade se move lentamente

De acordo com o Joint Typhoon Warning Center (JTWC), o tufão vem enfraquecendo à medida que se move para o norte, após atingir o continente com velocidades de vento de até 185 quilômetros por hora. Ainda assim, a grande quantidade de chuvas representa um risco no caso de tempestades mais lentas, pois elas podem atingir as mesmas áreas por muitas horas ou mesmo dias.

A previsão é que o Shanshan enfraqueça até se tornar uma tempestade tropical até o final do dia desta quinta-feira. Ele deve continuar a avançar sobre o sudoeste do Japão e regiões mais centrais até o início da próxima semana.

A Agência Meteorológica do Japão informou que, final da tarde de quinta-feira no país, os ventos tinham enfraquecido para 108 quilômetros por hora, enquanto a tempestade estava se movendo para o norte a 15 quilômetros por hora. Com informações da Associated Press.

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