Esportes

Treinador brasileiro afirma que barrou dois homens em seleção feminina de futebol

JOGADORA - HOMEMUma história bastante inusitada quase aconteceu na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011. Em recente entrevista ao site ESPN.com.br, o treinador Marcelo Frigerio confessou que teve que barrar dois homens disfarçados de mulheres na seleção da Guiné Equatorial, que disputaria o Mundial de Futebol daquele ano, e evitou um escândalo de grandes proporções no cenário do esporte global.
“Antes de assumir a seleção eu pesquisei na internet e vi que tinha uma acusação de que, na Copa Africana de Nações, duas atletas da seleção de Guiné na realidade seriam homens. Seria um escândalo nível mundial que eu não tinha noção até então. Perguntei das duas gêmeas que não haviam se apresentado e estavam junto com a equipe olímpica masculina, concentradas em um hotel. Aí chegaram dois caras e me cutucaram: ‘Essas são as duas irmãs’. Respondi: ‘Vocês estão de brincadeira, eles são homens’”, afirmou o atual técnico da equipe feminina do São Paulo.

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Para resolver o problema, Frigerio precisou de ajuda médica para convencer a federação do país africano. “Então elas treinaram e eu pedi para o medico as examinar, porque tinha certeza de que eram homens. Ele foi lá e constatou que eram homens mesmo. Elas tinham sido campeãs da Copa Africana e tudo mais”, recordou.
Consideradas as melhores atletas da Guiné Equatorial, as “irmãs” Simpore acabaram cortadas e mandadas de volta para a Burkina Faso, seu país natal – eram naturalizadas – com a explicação de lesão em um dos jogadores e desistência do companheiro.
“Na hora, eu pedi para mandarmos elas (eles) de volta pra Burkina Faso – eram naturalizadas – e falar que uma delas tinha machucado o joelho e a outra tinha ido embora junto porque não queria ficar longe. Cortei as duas da seleção, enquanto todo mundo esperava a presença delas. Quando chegou na hora da entrevista, precisei falar isso”, relembrou.

Edimário Duplat

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