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Transtornos mentais em mulheres com câncer de mama precisam de acompanhamento profissional

Em torno de 60% das pacientes da doença apresentam sintomas depressivos e 50% podem desenvolver quadros de ansiedade.

A grande incidência de transtornos mentais em pacientes com câncer de mama é uma questão que precisa ser observada e estar incluída no tratamento da doença. Em mais de 60% dos casos da patologia, as pacientes podem apresentar sintomas depressivos e depressão em frequência superior a 40%.

A detecção e o tratamento da depressão, nesta população, são de fundamental importância, pois sintomas depressivos podem interferir de maneira significativa no tratamento da condição clínica do câncer.

A doença envolve questões como a sexualidade, autoestima e a possível perda da mama. Todos esses fatores podem contribuir para um quadro depressivo na mulher, como destaca Fabiana Nery, médica psiquiatra da Clínica Holiste.

“A depressão pode afetar negativamente o prognóstico do paciente ao gerar aumento da dor, do desejo de morrer e acentuar o prejuízo funcional global. Os critérios diagnósticos para depressão incluem sintomas que frequentemente são encontrados em pacientes com câncer, tais como inapetência, perda de peso, insônia, perda de interesse e energia. Essa semelhança normalmente leva a não valorização desses sintomas como parte de uma síndrome depressiva, dificultando seu diagnóstico em portadores de câncer”, enfatiza.

Segundo a psicóloga Daniela Araujo, também da Clínica Holiste, lidar com as duas doenças não é uma tarefa fácil para a mulher, sobretudo porque envolve muitas questões psicológicas. “Passar por um câncer de mama é ter a imagem do próprio corpo modificada, portanto algo pode mudar definitivamente. Lidar com isto não é fácil, ainda mais para mulheres que são tocadas diretamente pelos aspectos femininos. Em minha prática, houve um caso de uma paciente não conseguir sair de casa, pois só de pensar que poderiam notar sua diferença estética, ela já sentia uma forte angústia”, comenta.

Além da depressão, 50% das mulheres acometidas pelo câncer de mama podem desenvolver o Transtorno de Ansiedade. Vários fatores podem desencadear o desenvolvimento destes quadros, como problemas físicos, a própria ação inflamatória do câncer e a questão adaptativa, de se acostumar com um diagnóstico novo e com o tratamento.

“Muitas vezes a própria medicação traz sintomas depressivos, a falta de suporte social, principalmente em mulheres mais jovens, tudo isso aumenta o risco de depressão no câncer de mama”, afirma Lívia Castelo Branco, médica psiquiátrica da Holiste.

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