Mutuípe

Trabalhadores paralisam atividades na construção de escola, em Mutuípe, por falta de pagamento do tempo retroativo ao trabalho sem carteira

Os trabalhadores que paralisaram cobram cestas básicas e o pagamento retroativo de nove meses de trabalho realizados antes que suas carteiras de trabalho fossem assinadas.

Os trabalhadores do novo colégio Antônio Felipe Evangelista Neto, em Mutuípe, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (17). De acordo com informações do Mídia Bahia, a paralisação não afeta todos, mas apenas aqueles que estão no projeto desde o início.

Motivos da paralisação

Os trabalhadores que paralisaram cobram cestas básicas e o pagamento retroativo de nove meses de trabalho realizados antes que suas carteiras de trabalho fossem assinadas.

Segundo o pedreiro Domingos, a empresa responsável, ENGEC, já estabeleceu três prazos diferentes para o pagamento desses valores retroativos, mas não cumpriu com nenhuma dessas datas. Com a obra entrando em fase de conclusão, os trabalhadores temem que não receberão os pagamentos devidos.

Domingos explica a situação:

“Nós temos nove meses trabalhando clandestino, sem estar de carteira assinada, e aí nós temos nove meses aqui, eles devem pra gente nove meses de cestas básicas, de retroativo, cada dia é uma data diferente. Era para pagar agora no mês de São João, já mudaram para o outro mês e pagar de três vezes. Nós paralisamos a obra e só vamos voltar a trabalhar quando pagar o retroativo nosso.”

Resposta da Empresa

O site Mídia Bahia tentou contato com a empresa ENGEC para obter uma resposta sobre as reivindicações dos trabalhadores.

NOTA DE ESCLARECIMENTOS.

Em virtude do acontecimento de hoje 17/06/2024, onde funcionários registrados da empresa ENGEC, responsável pela construção da escola de tempo Integral de Mutuípe, resolveram paralisar suas atividades tecemos as seguintes considerações:

A empresa afirma que não existe nenhum funcionário com salário atrasado, férias ou quaisquer valores que sejam de direito a receber;

O fato motivador dessa paralisação refere-se ao período onde funcionários trabalharam sem registro, que após acordo celebrado com o SINTRACON/BA – Sindicato dos Trabalhadores na Industria da Construção e da Madeira do Estado da Bahia, todos os funcionários foram registrados;

Reforçamos que não houve atrasos de pagamentos, os valores devidos seriam pagos na rescisão final de cada colaborador ao termino da obra;

Atendendo a reivindicação dos colaboradores, a empresa antecipará 50% desses valores devidos, antes do período final de registro;

Informamos ainda que somos uma empresa com mais de 48 anos no mercado, honramos fielmente aos nossos compromissos com colaboradores e fornecedores, somos contra a qualquer tipo de paralisação sem motivos reais e agiremos sempre dentro dos parâmetros legais para combater atos e informações infundadas.

Após entendimentos com direção da empresa, 50% do efetivo em paralisação retornou as suas atividades normais no mesmo dia do ocorrido.

Salvador – Bahia, 17 de junho de 2024.”

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