As 3h41min desta segunda-feira (31), a região do Vale do Jiquiriçá, voltou a ser sacudida por um tremor de terra, de magnitude 3.5 na Escala Richter e epicentro em Amargosa, os dados foram óbitos pelo Mídia Bahia, na rede sismológica brasileira.
Em Mutuípe o terremoto foi sentido, a sequência de abalos secundários já ultrapassam a marca de dez, desde a manhã de domingo, as 7h44min.
Camas e janelas vibraram bem como o som característico de trovoadas.
O tremor mais forte de 4.6, não deixou vítimas, mas provocou destruição em algumas casas, em diversos municípios da região.
Na madrugada de ontem, moradores da região estranharam a ocorrência da calor na madrugada, pois nos últimos dias, o frio do inverno estava presente em todas as noites, não há confirmação de que esses relatos tenham ligação com o fenômeno.
Dados do LABSis
Na Figura 1 mostramos os epicentros determinados pela rede RSBR e pelo USGS. Ambos tem incertezas grandes pois, no caso do USGS a estação mais próxima está a cerca de 1.000 km e no caso da RSBR de cerca de 220 km. A localização da área epicentral com maior precisão vai ser possível com a instalação de uma rede sismográfica local, pelo LabSis/UFRN, com financiamento do INCT de Estudos Tectônicos, prevista para os próximos dias.
O evento mais antigo que se tem notícia nessa região foi o de um tremor de magnitude estimada em 3.5 que ocorreu em dezembro de 1899, sentido em Amargosa. Nos anos seguintes, até 1920, houve uma intensa atividade sísmica na Bahia, no Recôncavo e suas vizinhanças, mas, posteriormente, a atividade diminuiu. Como em sismologia é impossível fazer previsões, não é possível saber se esses eventos vão ficar circunscritos às proximidades de Amargosa ou vão iniciar um novo ciclo de intensa atividade sísmica nessa região da Bahia.
Fonte: LabSis/UFRN, RSBR, USGS, INCT-ET
Joaquim Ferreira, Eduardo Menezes, Aderson do Nascimento, Flauber Costa, Marconi Oliveira