Temer troca comando da Polícia Federal
Lista tríplice foi ignorada pelo presidente.
O presidente Michel Temer (PMDB), promoveu mudança no comando da Polícia Federal, nesta quarta-feira (8), sai Leandro Daiello e entra Fernando Segóvia.
Daiello foi o mais longo comandante da PF desde o fim da ditadura militar, a indicação do governo, ignora a lista triplica da instituição, composta por Erika Marena, Rodrigo de Melo Teixeira e Marcelo Eduardo Freitas.
A oficialização da mudança foi feita pelo ministério da justiça “O Ministério da Justiça comunica que o senhor Presidente da República escolheu nomear o Delegado Fernando Segóvia como novo diretor-geral do Departamento de Polícia Federal. Nesta mesma oportunidade, o ministro da Justiça expressa ao Delegado Leandro Daiello seu agradecimento pessoal e institucional pela competente e admirável administração da Polícia Federal nos últimos seis anos e dez meses.” diz a nota.
Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal criticou a escolha “Em relação à polêmica envolvendo a eventual substituição do atual Diretor Geral da Polícia Federal e a existência de uma suposta Lista Tríplice que estaria sendo considerada pela Presidência da República, os Delegados da Polícia Federal, representados pela ADPF, tornam público que não reconhecem a legitimidade desta suposta Lista Tríplice uma vez que a Lista Tríplice oficial, votada e aprovada por mais de 1.300 Delegados, consta com os nomes de Erika Marena, Rodrigo Teixeira e Marcelo Freitas, todos Delegados de Polícia Federal de Classe Especial que receberam os votos de confiança de seus pares para dirigir a Instituição Polícia Federal. A Lista Tríplice oficial já foi encaminhada à Presidência da República em meados de 2016”.
Fernando Segóvia, já comandou a superintendência da PF no Maranhão, tem 22 anos de carreira, é formado em Direito pela UnB, e atuou “em diferentes funções de inteligência nas fronteiras do Brasil”. Na tarde de hoje ele já se reunião com o presidente, a mudança já era especulada há um bom tempo, porém sempre negada pelo ministro Torquato Jardim.
Sob o comando de Daiello, a PF deflagrou diversas fases da Operação Lava-Jato e foi responsável por levar a candeia diversos políticos e empresários envolvidos em corrupção.