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'Tem gente que não gosta de preto, como vai aceitar homossexualidade?', diz Mart'nália

MARTINALIASambista consagrada, Mart’nália emplacou a música “Pra que chorar” na abertura da novela Babilônia, exibida no horário das 21h na Globo. “Já tive umas oito ou nove músicas em novelas. Mas é a primeira de abertura. É uma forma de entrar na casa das pessoas em boa companhia, com Gilberto Braga e outros tantos amigos. Muita gente não sabia que sou eu quem canta e tem gente que nem sabe ainda”, disse a filha de Martinho da Vila ao jornal Extra.
Noveleira assumida, ela comentou as críticas ao núcleo gay de Babilônia. “Assisto Babilônia quando dá, quando não estou trabalhando. Eu amo todo mundo nesta novela.  Soube que teve estas mudanças, mas estou achando a trama ótima de qualquer forma. Está falando de diversidade, de diferenças. Esta é a vida. Mas é claro que o Brasil é supercareta. Mas nem todo mundo tem que gostar de tudo. Tem gente que não gosta nem de preto, como vai aceitar homossexualidade? Esta rejeição foi só um susto, depois o pessoal vai relaxando. É o susto e medo da igualdade. Antigamente tinham medo de samba também e ele está aí. Mas tudo isso é uma bela contribuição”, observa.
A cantora não se espantou com a repercussão negativa e comparou com a reação do público ao seu personagem em Pé na Cova. “Acho que já era esperado. O que me surpreendeu mesmo foi a Tamanco, minha personagem no Pé na Cova, ter sido tão bem aceita. É megacontraditório, né? O Miguel Falabella (autor da série) aproxima o público de maneira muito popular. Quando põe humor, as coisas ficam mais leves. Mas o susto da rejeição passa. Só o que não passa é a morte”, compara a atriz em relação a aceitação dos homossexuais na TV brasileira.
Ansiosa pela volta do seriado Pé na Cova, Mart’nália ainda falou mais sobre o seriado. “A Tamanco vai sofrer um bucado. Ela arma tanto que sofre. Vai ter uma filha que é chinesa. Elas fizeram uma inseminação artificial e a menina saiu chinesa. Mas a gente ama do mesmo jeito, com qualquer diferença. Ninguém pode falar mal da família, só quem está dentro dela. É muito bom estar numa família feliz, onde todos se amam. Toda família tem um viciado, um veado, uma sapatão”, finaliza sorridente.

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