Cotidiano

STJ manda soltar Gordão do PCC, comparsa de André do Rap

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou na última sexta-feira, 26, a soltura do traficante Fábio Dias dos Santos, o Gordão, considerado um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista.

Em 2017, quando foi preso, Gordão estava na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Ele era procurado pelas forças de segurança de 52 países sob a acusação de participar de um esquema de envio de cocaína à Europa e África via Porto de Santos, localizado no litoral paulista. O traficante foi condenado a 15 anos de prisão.

Gordão do PCC

De acordo com a Polícia Federal, Santos é comparsa de André de Oliveira Macedo, o André do Rap, solto em outubro de 2020 por determinação de Marco Aurélio Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão de Gordão foi relaxada porque os magistrados da Sexta Turma do STJ entenderam que o réu estava preso havia tempo demais sem uma sentença condenatória definitiva. Portanto, segundo os ministros, o traficante teria o direito de aguardar em liberdade o julgamento de apelação.

A condenação de Santos ocorreu em 2015. Em 2018, foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). Na ocasião, teve a pena elevada de 12 para 15 anos de reclusão. De lá para cá, a defesa recorre da decisão.

Gordão estava preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, onde ficam os criminosos suspeitos de ligação com o PCC. Naquele local também estava André do Rap, que conseguiu um habeas corpus e posteriormente fugiu do país.

Histórico de solturas

Em setembro deste ano, a Justiça já havia libertado Francisco Antonio Cesário da Silva, o Piauí, apontado pela polícia paulista como um dos principais chefes do tráfico de drogas na favela de Paraisópolis, localizada no sul da capital.

Piauí foi solto após reduzir uma pena de extorsão mediante sequestro graças à leitura de livros e à participação em cursos dentro da prisão. Ele estava preso desde 2008, cumprindo pena no sistema federal desde 2012. Na ocasião, foi transferido a pedido do governo estadual depois que órgãos de inteligência o apontaram como mandante do assassinato de policiais.

Revista Oeste

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