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Servidor exonerado diz que Ministério da Saúde tem nomeado militares sem experiência para o cargo

Técnicos do Ministério da Saúde tem considerado “drástica” as recentes trocas de cargos na pasta pelo ministro Nelson Teich, que nomeou militares. Funcionário desde 1985, Francisco Bernd, que foi exonerado, diz que nunca havia presenciado uma mudança “tão drástica” e acompanhado a chegada de “pesosas tão estranhaas à Saúde”.

O ex-servidor explica que militares foram realocados em diferentes postos de trabalho dentro do Ministério, mas que chegam sem “nenhuma experiência” na área da Saúde, em meio a maior crise sanitária da história recente do país.

“Os militares que chegam não têm absolutamente nenhuma experiência histórica na Saúde”, declara. Bernd ainda completa: O próprio Teich não tem experiência em gestão pública”.

Ex-secretário adjunto de Saúde no Rio Grande do Sul, Francisco Bernd declara que torce para o sucesso dos novos funcionários, no entanto, desconfia de como serão organizados os repasses a estados e municípios e o planejamento para combater a doença. As informações são da Folha de S. Paulo.

“Como vão administrar a engrenagem dos repasses para estados e municípios? Como vão lidar com o planejamento do orçamento e com as compras chegando agora?”, questiona.

O ministro Nelson Teich justificou a presença de militares na pasta como uma estratégia de “guerra” e, portanto, não será definitiva. Segundo o atual líder da pasta, nomeado por Jair Bolsonaro para substituir Luiz Henrique Mandetta, os servidores exonerados podem voltar aos cargos após passar este período crítico da pandemia.

“Conforme for retornando para uma situação normal, essas pessoas vão naturalmente voltar para seus lugares e pessoas não militares vão estar colocadas no lugar. Mas esse é um período de guerra”, afirmou.

Bnews

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