Na avaliação da deputada federal Lídice da Mata (PSB), o governador Rui Costa (PT) deveria ter dado mais atenção aos outros nomes apresentados à sigla como pré-candidatos, ao invés de decidir lançar major Denice Santiago como representante nas eleições municipais deste ano.
“Eu não tenho nada a dizer contra major Denice. Respeito muito sua história, trajetória pessoal, no entanto, acho que aqueles que tinham experiência política maior deveriam ter sido olhados. Não porque a experiência impeça o novo de entrar, mas acho que todos temos um acúmulo que deveria ser dado continuidade do ponto de vista político”, avaliou, durante entrevista ao quadro Panorama Eleições 2020.
Em janeiro, quando o PT ainda não havia oficializado major Denice, o ex-ministro Juca Ferreira, que também havia disponibilizado seu nome ao partido, criticou a possibilidade de decidir pela policial.
“A militância tem que ser ouvida. Por mais respeito que tenho [pela Major Denice]. É preciso que seja uma pessoa que tenha experiência de vida na política. Eu respeito as decisões do PED [escolha da direção do partido], de ter uma candidatura própria”, disse, em entrevista à Rádio Câmara.
“Pulverização”
Lídice da Mata também descordou do método adotado pelo governador, que optou por uma “pulverização” de pré-candidaturas. “Acho que se fosse eu que estivesse coordenando o processo, teria dirigido no sentido da unificação, talvez porque seja uma tradição minha, vim de um momento que construímos uma frente pra enfrentar a ditadura, Antônio Carlos Magalhães. Pode ser até que seja um ‘defeito'”, disse.
Enquanto o grupo do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), unificou os esforços em uma única pré-candidatura, o vice-prefeito Bruno Reis (DEM), o grupo de Rui Costa (PT) ainda tem, além de Denice e Lídice, Bacelar (Podemos), Olívia Santana (PCdoB), Pastor Sargento Isidório (Avante) e Eleusa Coronel (PSD).
Confira abaixo a entrevista com Lídice da Mata na íntegra:
Bnews
