Política

PSC pode afastar Feliciano; jornalista denuncia ameaça e assédio ao Senado

PATRICIA LELISO deputado federal Marco Feliciano (SP) deve ser afastado da liderança do PSC na Câmara até que o final da investigação sobre o caso de tentativa de estupro e assédio sexual denunciado pela jornalista Patrícia Lélis. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, o conselho de ética da legenda deve anunciar a decisão nesta terça-feira (9). Segundo Patrícia, o deputado, que frequenta a mesma igreja que ela, a agrediu e tentou estuprá-la no apartamento funcional dele em Brasília.

O caso aconteceu no dia 15 de junho. Ela foi ao local para participar de uma reunião, mas ao chegar lá, não tinham outras pessoas no local. Nesta segunda, Patrícia foi à Procuradoria Especial da Mulher, no Senado, para denunciar o parlamentar. Ela afirmou que os dois vídeos que ela divulgou negando as acusações foram gravados sob ameaça e voltou a reafirmar que os crimes ocorreram. “Os dois vídeos foram gravados à base de ameaça. O primeiro vídeo mostra que eu estou, nitidamente, muito abalada.

O vídeo deu muito errado, porque as pessoas começaram a suspeitar mais ainda. Aí eles viram que tinha dado errado e o Bauer disse: ‘vamos gravar um segundo vídeo, você se arruma, você tem que parecer que está melhor para as pessoas pararem de suspeitarem’”, descreveu. “Ele [Bauer] falava assim: ‘faz o vídeo porque senão você vai morrer, a gente sabe onde você mora, a gente sabe da sua família’”, completou.

Patrícia disse não ter recebido dinheiro para fazer os vídeos, mas que Bauer questionou quanto ela queria para “esquecer o assunto”. Antes de gravar os vídeos em que desmentiu as acusações, a jornalista aponta que conversou com Feliciano e que ele disse a ela que tem duas filhas. A jovem relatou que preferiu não procurar a polícia no mesmo dia das agressões.

Ela disse que procurou primeiro o PSC para pedir ajuda, sem obter êxito. Ela acrescentou ainda que o presidente do partido, pastor Everaldo Pereira, ofereceu dinheiro para ela “ficar quieta”, mas não soube especificar a quantia que teria sido oferecida. Já há duas representações pedindo a apuração: uma na Procuradoria da República do Distrito Federal, enviada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); e, de acordo com ao advogado da jovem, uma na Procuradoria Geral da República, protocolada por um grupo de deputadas.

BN

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