Cotidiano

Previsão para dia do parto falha em 96% dos casos, diz estudo

MULHER GRAVIDAQuando Penelope Chaney encontrou sua amiga Eleanor Marshall, as duas mal puderam acreditar na coincidência. Ambas haviam sido informadas por seus médicos de que a data prevista para ambos os partos era 4 de abril. Mas quais as chances de duas amigas darem à luz no mesmo dia? Antes de responder a essa questão, é preciso entender como é estimada a chamada data prevista para o parto (DPP). Na Grã-Bretanha, onde Penelope e Eleanor vivem, ela é calculada a partir da data da última menstruação – a essa, adicionam-se 280 dias, ou seja, 40 semanas. Em seguida, um ultrassom determina outra data, que é estimada ao se medir o tamanho do feto. Se essas duas datas ficarem muito distantes entre si, a do ultrassom é levada em conta. No entanto, dados do Perinatal Institute, uma ONG britânica, mostram que as DPPs quase nunca são precisas. Na verdade, apenas 4% dos bebês nascem na data estimada. Se por um lado é útil para os pais ter uma ideia de quando o bebê vai chegar, a principal função da data do parto é “definir uma métrica para o acompanhamento médico” durante a gravidez, explica o professor Jason Gardosi, do Perinatal.”Um dos usos é interpretar testes de sangue no começo da gravidez para analisar se há riscos de anomalias congênitas. Para isso, é importante saber em que estágio da gestação a mulher está”, afirma. O conselho para grávidas, Gardosi afirma, é que o parto ocorra em qualquer momento entre a 37ª e a 42ª semana de gestação, em um período conhecido como “a termo”, quando o bebê atingiu a maturidade esperada. No Brasil, alguns médicos consideram que o limite é a 40ª semana – e recomendam cesárea após essa data. A medida é polêmica, já que muitos afirmam que ela resulta em um alto número de bebês prematuros, justamente pela imprecisão da data prevista para o parto. Por exemplo, se um bebê que teria 37 semanas tivesse, na verdade, 36.

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