Polícia

Presos suspeitos de matar engenheiro de som em Salvador

jklfhsdakfjahgjklOs suspeitos de assaltar e matar o engenheiro de som José Fernando Álvares Gundlach, no  bairro do Saboeiro, em Salvador, foram presos segundo informações da Polícia Civil nesta sexta-feira (16). A prisão de Danilo Lima Sena e Leslie Wallace de Jesus Santos ocorreu na quinta-feira (15). Eles serão apresentados nesta sexta-feira no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Pituba.
Imagens de uma câmera de segurança de um edifício registraram a dupla no dia 3 de outubro tentando realizar um assalto no bairro de Brotas. Já o crime contra o engenheiro de som, ocorreu no dia 4 de outubro quando a vítima, de 62 anos, estava em um ponto de ônibus no final de linha do bairro do Saboeiro, na Rua Silveira Martins.
Um amigo da vítima informou ao G1 que Gundlach entregou os pertences sem reagir ao assalto, mas, ainda assim, o criminoso atirou contra a vítima.
O corpo de Gundlach foi enterrado no dia 6 de outubro. A cerimônia de despedida foi realizada no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador.
Repercussão
A morte causou comoção no meio musical e artístico da Bahia. Gundlach foi parceiro de músicos como Luiz Caldas, que postou, em sua página no Facebook, texto em homenagem ao amigo. Na mensagem, Luiz Caldas lamenta a perda, conta que chegou a ir ao hospital para acompanhar o estado de saúde do parceiro e critica a cultura da violência.
“Em chuva de sangue sobre o verde e amarelo de um Brasil que era de paz, a vida humana passou a não ter valor, infelizmente. A cultura da violência impera. É a triste realidade.  Ainda no domingo, fui ao hospital Roberto Santos, assim que soube do lamentável ocorrido. Dói vivenciar tamanha barbárie. Gundlach é mais uma vida que se vai e que entra na estatística da violência. Rezei para que o amigo se recuperasse e que voltasse a sorrir, mas a criminalidade mais uma vez venceu. Deixo neste momento de dor essas breves palavras e o meu conforto à sua família e aos demais amigos de Gundlach. Obrigado por ter feito lindos sons comigo. Adeus amigo, obrigado por tudo. Descanse em paz!”, diz um trecho.
O Teatro Castro Alves (TCA), principal teatro da Bahia, divulgou nota de pesar. Segundo o TCA, Fernando Gundlach tem 39 anos de atuação e formação internacional na área de sonorização pela Califórnia State University e Fullerton College. O TCA informou que ele também cursou eletrônica no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, de onde é natural. Gundlach foi instrutor em sonorização da Rede Motiva, ministrou cursos na Pracatum Mídias Sonoras e atuou como técnico de som de Luiz Caldas em vários discos. “Fernando assinou trabalhos de diversos eventos realizados aqui nos nossos espaços: Sala do Coro, Concha Acústica e Sala Principal”, informou o TCA.
A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) também divulgou nota de pesar em que lamenta o ocorrido e repudia a violência. Em 2012, José Fernando Álvares ministrou aulas de sonorização no curso de Tecnologias em Artes Dramáticas, parceria da Funceb com o Instituto Federal da Bahia (Ifba) e o TCA. “Ele sempre buscou a harmonia dos sons, a apuração musical, a afinação com a vida. A perda foi lamentada por amigos, parentes, admiradores, seguidores e quem ajudou a formar, como gerações de alunos. Fernando morreu deixando como viúva Neu Oliveira”, informa a nota.
A Sociedade de Engenharia em Áudio (AES), em nota de pesar, descreveu que Gundlach se mudou para Salvador em 1983. Um ano depois, iniciou trabalho como técnico de gravação na WR. Até 1988, a entidade informou que ele gravou mais de 100 discos de artistas baianos. “A partir de 1986, começou a viajar pelo Brasil como técnico de PA, tendo participado de tournês pelo Brasil, Estados Unidos e por dez países da Europa”, informou. Segundo a Sociedade, ele fundou, no ano de 1994, a “dB Cursos e Treinamentos”, em Salvador. Em dezembro de 1998, Gundlach fez os cursos nos Estados Unidos. Hoje, ele trabalhava como freelancer em estúdios de gravação, elaborando projetos de estúdios de ensaio e de gravação, além de ser o técnico de PA de Luiz Caldas. “Gundlach era membro da AES desde 1996 e dedicou sua vida à propagar o conhecimento sobre o áudio profissional e representa uma grande perda para o segmento no Brasil. G1
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