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Preso diz que foi estuprado por interrogadoras em Guantánamo

PRESO - GUANTANAMOEm novo livro, um prisioneiro de Guantánamo conta como era torturado e forçado a fazer sexo com interrogadoras americanas. Mohamedou Ould Slahi continua preso no local, mas conseguiu lançar um livro esta semana contando sua vida dentro do presídio. As informações são do Daily Mail. O irmão do prisioneiro lançou o livro no começo desta semana. Com título “Diário de Guantánamo”. “Se você ler o livro que você pode ver cada linha, cada palavra é escrita com o sangue e lágrimas”, afirmou Yahdih Ould Slahi. O homem de 44 anos foi acusado de ter ligações com o grupo extremista Al-Qaeda, depois de viajar ao Afeganistão nos anos 1990, para lutar contra as forças soviéticas. Ele teria alegado que deixara o grupo em 1992, porém houve a desconfiança de que estaria relacionado a uma tentativa de bomba em Los Angeles em 1999. Finalmente, foi preso depois dos ataques de 11 de setembro. Mohamedou foi levado para Cuba em 2002 e interrogado na Mauritânia, Jordânia e Afeganistão. Em seu livro, o prisioneiro conta com foi torturado e estuprado pelas interrogadoras que diziam que ele “conheceria o grande sexo da América”. “Estava na mesma posição dolorosa por cerca de 70 dias, quando as guardar vieram até mim e se aproveitavam para ne bater e xingar. Quando me levantei, as duas levantaram suas blusas e começaram a falar coisas que vocês não podem imaginar. Elas me estupravam, me obrigavam a transar com elas ao mesmo tempo, o que é degradante”, escreveu.O prisioneiro também afirma que foi proibido de rezar e de seguir o mês do Ramadã em 2003. Ele disse que começou a ter alucinações: ouvia vozes, escutava músicas árabes, ouvia sua família rezar etc. “Eu estava quase perdendo minha cabeça”, afirmou. A advogada de Mohamedou Ould Slahi, Nancy Hollander, defende que seu cliente nunca foi preso por cometer um crime e que não existem evidências contra ele. “Ele vive no que chamo de limbo legal. É trágico: ele precisa ir para casa”, diz. Uma petição online pede a libertação do prisioneiro. Artistas e atores também entraram na defesa de Mohamedou, tais como Jude Law e Benedict Cumberbatch, que gravaram partes do diário do prisioneiro – que foi transformado em livro. (Terra)

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