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Pres. Tancredo Neves: Vereadores apontam caos na gestão da prefeitura

65146O prefeito Moacy Pereira (PDT), da cidade de Presidente Tancredo Neves, no sul baiano, não tem enfrentado bons dias à frente do Executivo. Moradores reclamam de acúmulo de lixo na entrada da feira livre, de postos de saúde da família que estão fechados, creches com obras paradas, médicos e servidores com salários atrasados, falta de medicamentos e materiais para curativos, transporte escolar com pagamento em aberto, estradas rurais esquecidas e outros problemas que alguns vereadores da cidade resolveram denunciar.
Segundo o vereador Almir Rodrigues (PT), ex-presidente da Câmara Municipal, o prefeito “não tem compromisso com o município” e tem deixado a periferia da cidade sem iluminação, zona rural sem estradas adequadas o gestor ainda estaria sendo negligente com áreas como a saúde e a educação. Os salários dos professores que estavam em débito  já foram quitados, segundo o vereador.
“Aqui, os postos de saúde da família (PSF) fecharam dia 19 de dezembro e devem abrir na próxima semana. O transporte escolar está sem ser pago há três meses e para a população ainda falta remédio nos postos e até material para curativo. Nós, na Câmara, fizemos várias denúncias desse descaso no Ministério Público Estadual e decidimos postar nas redes sociais agora”, relatou Rodrigues em conversa com a reportagem do Bocão News.
Outra denúncia do vereador diz respeito à creche da cidade. Segundo Rodrigues, a mães estão dormindo em fila para conseguir vagas para os filhos. “As mães amanhecem o dia dormindo em fila para matricular o filho na creche, enquanto tem duas que em construção que estão com as obras paradas. Aí você vê, enquanto as mães estão dormindo na rua na frente da creche, outras duas estão paradas”, criticou.
Recentemente, o município foi atingido por fortes chuvas e o prefeito decretou estado de risco, para tentar atender aos atingidos, enviou à Câmara um projeto de lei visando a criação de uma secretaria de Defesa Civil, mas a proposta foi engavetada. “O prefeito [Moacy Pereira] foi pra rádio dizer que tinha 30 famílias desabrigadas, mas não era verdade, só teve uma família nessa situação. Na época ele mandou o projeto de lei para criar a Defesa Civil, criando um cargo para o responsável com salário de R$ 2 mil, secretário e outras funções, e nesse mesmo projeto ele queria a autorização para remanejar R$ 2 milhões para os estragos da chuva, mas eu, enquanto presidente da Câmara, barrei e engavetei porque não tinha aquela necessidade. Agora, fica dizendo que não está trabalhando porque os vereadores não deixam”, desabafou o petista.
Outro vereador insatisfeito com o estado em que a cidade se encontra é Josenilton Felicíssimo Santos, conhecido como Zé Coite (PT). Segundo ele, até médico sem registro no Conselho Regional de Medicina já foi empregado no hospital da cidade, e que acabou sendo preso no interior de São Paulo por exercer a função ilegalmente.
“A situação se encontra complicada. A população está revoltada”, sintetizou Felicíssimo. “Os médicos já pararam uma vez aqui por falta de pagamento”, lembrou. Em sua página no Facebook, o vereador petista protestou contra o que chamou de “descaso da atual administração”.

“Infelizmente, a população acha que os vereadores não fazem nada, mas sabemos que não é culpa da Câmara, e sim da atual administração que durante o período de dois anos nada tem feito por nossa cidade”, disparou o edil petista.
A reportagem tentou, durante essa manhã, falar com a prefeitura de Presidente Tancredo Neves e com o secretário de Administração, mas as chamadas telefônicas não foram atendidas ou retornadas.

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