Cidades

'Porque querem me condenar': Lula escreve artigo e se diz alvo de 'caçada judicial'

LULA - KD O JAPONESEm artigo publicado nesta terça-feira (18) no jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a “caçada judicial” que defende enfrentar. A divulgação do texto, batizado de “Por que querem me condenar”, ocorre em meio a rumores sobre eventual prisão do petista – após a Justiça Federal aceitar três ações contra ele, há o boato de que ele seria preso essa semana, há qualquer momento.

Manifestantes realizaram vigília em frente à sua casa na madrugada desta segunda (17) em apoio ao ex-presidente. “Sei o que fiz antes, durante e depois de ter sido presidente. Nunca fiz nada ilegal, nada que pudesse manchar a minha história. Governei o Brasil com seriedade e dedicação, porque sabia que um trabalhador não podia falhar na Presidência”, afirma Lula, acrescentando que a “perseguição política” não seria pessoal, mas destinada a atacar o projeto político que representa, “de um Brasil mais justo, com oportunidades para todos”. Ele argumenta também que há uma tentativa de criminalização do PT. “Desde a campanha eleitoral de 2014, trabalha-se a narrativa de ser o PT não mais partido, mas uma “organização criminosa”, e eu o chefe dessa organização”, aponta.

A hipótese, ele diz, “precisa ser provada à força, já que ‘não há fatos, mas convicções’” – a citação faz menção à apresentação da denúncia contra Lula feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em setembro. O petista afirma que estão sendo praticados abusos contra ele por agentes da lei. “Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim, cinco dias depois de apresentada, e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito”.

Lula cita, como exemplo, ao tríplex do Guarujá, cuja posse lhe é atribuída. “Não pertenceu pela simples razão de que não quis comprá-lo quando me foi oferecida a oportunidade, nem mesmo depois das reformas que, obviamente, seriam acrescentadas ao preço”, justifica. Lula diz que tem a “consciência tranquila” e “o reconhecimento do povo”. “Confio que cedo ou tarde a Justiça e a verdade prevalecerão, nem que seja nos livros de história”, declarou. Ele encerra o texto apontando que as violações ao Estado de Direito representam “a sombra do estado de exceção que vem se erguendo sobre o país”.

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