O ramo de alimentos viveu um sábado (21), atípico em Mutuípe, talvez até mais forte que o Natal dos últimos anos.
Com o decreto de suspensão das atividades comerciais na cidade, editado pela prefeitura, nesta sexta-feira (20), como medida para enfrentamento ao novo coronavírus, a população ficou com medo de desabastecimento e compareceu ao centro da cidade superlotando supermercados.
Por volta de meio dia, diversas prateleira estavam vazias, produtos como feijão, arroz, farinha, macarrão, biscoitos e leite eram os mais procurados. . A medida não é recomendada pelos especialistas, pois pode influenciar o preço dos produtos, além de prejudicar quem tem menos condição financeira.
“Nós temos que pensar no próximo e nesse sentido não devemos comprar mais do que usamos no dia a dia. O estoque está controlado nos supermercados. Os governos têm que fazer algum tipo de controle para evitar excessos. […] Vai prejudicar os menos favorecidos que não tem condição de fazer estoque”, explicou o economista Marcello Bezerra a TV Anhanguera .
A recomendação de manter distância mínima de um metro entre pessoas ficou totalmente esquecida durante a “correria” da população.
“A população não precisa se preocupar, os supermercados estão preparados, inclusive, para aumentar o abastecimento”, afirmou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em nota.
O temor é que ocorra com os alimentos, o que aconteceu com o álcool em gel, a lei da oferta e da procura fez o preço disparar.