Política

PMDB e PSDB travam disputa para a corrida presidencial de 2018

aecio e temmerAs eleições do último domingo marcaram o início de uma estratégia do PMDB e do PSDB na disputa pela vaga presidencial de 2018. Os tucanos aproveitaram a onda anti-petista e expandiram o número de municípios controlados pela legenda. No total, foram 93 a mais do que o obtido em 2012, incluindo o maior colégio eleitoral do país, São Paulo. Já o PMDB conquistou 1.028 prefeituras no primeiro turno, dez a mais do que há quatro anos.

A partir do próximo ano, os dois partidos estarão à frente de um terço dos municípios do país, segundo informações do jornal O Globo. O índice ainda pode ser aumentado, já que as legendas têm candidatos no segundo turno em 33 cidades, sendo que, em quatro delas, disputam prefeituras entre si.

Para analistas, o cenário rompe com a polarização entre PSDB e PT, que caracterizou a última década. Uma eventual aliança entre os tucanos e peemedebistas é vista como um grande desafio para os outros partidos. “Um tem base, outro tem lideranças conhecidas. A lógica de uma aliança desses dois partidos pode gerar uma força muito grande”, opina Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O PSDB não tem representação nacional de base que o PMDB tem. Em vez de aproveitar os oito anos do governo Fernando Henrique para ampliar suas bases, o partido passou a depender cada vez mais desse anabolizante que é formar a base aliada no Congresso. Isso tem reflexos até hoje. Nesta eleição, dado o enfraquecimento fantástico do PT, o PSDB recebe um impulso para se expandir. Agora, o problema: terá tempo de fazer bases municipais condinzentes para uma concorrência com o PMDB?”, questiona.

A principal dúvida que surge é se os partidos chegarão a 2018 como aliados ou adversários. “O PSDB entrou no governo Temer como aliado natural. Até quando o PMDB era aliado ao PT, era normal em eleições municipais e até estaduais que fizesse uma competição amigável com o PSDB, e não uma competição predatória. Agora, é como dizem: “amigos, amigos, negócios à parte”. Acredito que o objetivo de várias lideranças do PSDB seja conquistar o governo federal em 2018. O PSDB vai querer encabeçar uma chapa, e aceitaria o PMDB como vice”, afirma Marcus Ianoni, professor de ciência política da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Entre os nomes cotados pelo PSDB, estão Geraldo Alckimin, que se envolveu diretamente na eleição de João Doria na prefeitura de São Paulo; o senador Aécio Neves e o ministro das Relações Exteriores, José Serra. O PMDB estuda lançar um nome, no entanto, não tem no momento um candidato de projeção nacional.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios