Cidades

Planalto adotará tom reconciliador para unir a base após votação

FABIO RAMALHOApós a Câmara decidir barrar a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, os aliados do Planalto acreditam que, a partir de agora, o governo se fortalece para aprovar as reformas, com destaque para a da Previdência.

A diferença entre os que rejeitaram a denúncia e defenderam seu prosseguimento foi de apenas 36 votos, sendo 263 a favor do relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que era contra a admissibilidade do processo, e 227 a favor.

O primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), deixou claro o tom conciliador que o governo deve adotar, a partir de agora. Ele afirmou que não é o momento de retaliar nenhum aliado do governo que votou favorável à denúncia, mesmo entre os do PMDB, partido de Temer.

Para Ramalho, o importante agora é focar nas reformas. “Para ter reformas, é preciso o voto de todos, e não se pode retaliar ninguém. O presidente Temer tem habilidade para isso, demonstrada pela votação brilhante”, disse Fábio Ramalho.

Já o deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo, também defendeu mais diálogo. Ele também é contra retaliar aliados. “Saímos muito bem desse processo, e a base está consolidada em 263 parlamentares, mas pode aumentar, até porque temos o objetivo específico de resolver o problema econômico do Brasil”, disse à Agência Câmara.

O vice-líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) reconheceu que é preciso um maior diálogo com a base aliada para dar prosseguimento às votações na Casa, mas disse acreditar que Temer vai atuar para manter a união. “O trabalho precisa ser feito, sim, diariamente, mas Temer, como nenhum outro presidente, conhece a Casa e sabe como agir”, afirmou.

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