Cotidiano

PGR já investigava conta atribuída a Aécio por Delcídio; PF fez apreensões em 2007

AECIO NEVES - SERIODocumentos apreendidos pela Polícia Federal em 2007 na casa do casal de doleiros Norbert Muller e Christine Puschmann, suspeitos de comandar uma das mais secretas e rentáveis “centrais bancárias clandestinas” do país, apontam a abertura de conta secreta da família do senador Aécio Neves (PSDB) no principado europeu de Liechtenstein, citada pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido – MS) em delação premiada. Eles ofereciam a abertura, sob sigilo, de contas no LGT Bank.

Segundo reportagem da revista Época, entre os 75 clientes identificados nos arquivos do apartamento haviam documentos com uma inscrição a lápis: “Bogart e Taylor”. O nome foi escolhido por Inês Maria Neves Faria, mãe e sócia do senador Aécio Neves, então presidente da Câmara dos Deputados, para batizar a fundação que passou a administrar o dinheiro da conta secreta 0027.277 no LGT Bank, a partir de maio de 2001.

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À força-tarefa, Delcídio relatou que foi informado “pelo ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, que Aécio era beneficiário de uma fundação sediada em um paraíso fiscal, da qual ele seria dono ou controlador de fato; que essa fundação seria sediada em Liechtenstein”. Segundo época, foi a primeira vez que uma testemunha da Lava Jato citou a conta, que era investigada pela Procuradoria-Geral da República.

Os procuradores apuram a participação de Aécio nos esquemas citados por delatores, em especial o de Furnas. Na investigação, a equipe chegou a pedir a colaboração internacional, junto às autoridades de paraísos fiscais, para averiguar se contas como a atribuída ao senador em Liechtenstein foram usadas para o recebimento de propinas. Um dos procuradores que atuaram no caso do doleiro Norbert Muller integra a força-tarefa da PGR.

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