PGR dize ter provas de crimes ao pedir inquérito contra Lúcio Vieira Lima
“Mais do que indícios, há prova” disse a procuradora Raque Dodge.
A procuradora geral da república, Raquel Dodge pediu nesta quinta-feira (19), abertura de inquérito para investigar a participação do deputado Federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), na ocultação dos R$ 51 milhões, encontrado num apertamento em Salvador, e que segundo informações pertencente ao irmão dele, Geddel Vieira Lima (PMDB), “mais do que indícios, há prova” disse Dodge.
“A instauração de inquérito criminal pressupõe indícios mínimos de materialidade e autoria de fato definido como crime. No caso concreto, mais do que indícios, há prova da materialidade delitiva do crime de ocultação de mais de cinquenta milhões de reais ‘o – dinheiro decorrente de propina, ao que apontam as investigações – escondidos em malas naquele apartamento de Salvador”, escreveu Dodge no inquérito. “Várias persecuções criminais de combate à corrupção dos últimos anos trazem indícios de que Geddel Quadros Vieira Lima – e possivelmente seu irmão, o deputado federal Lúcio Quadros Vieira Lima – tem se valido de interpostas pessoas para prática de crimes. É razoável pressupor que ninguém arrecada, transporta e mantém mais de cinquenta milhões de reais sozinho, sem o auxílio de terceiros. Não se ocultam malas e caixas com milhões de reais e de dólares sem um concerto de esforços organizados e estruturados por várias pessoas para obter vantagens decorrentes de crimes graves”, acrescentou a procuradora-geral.
Lúcio teria sido implicado após depoimento de Sílvio Antônio Cabral da Silveira, dono do apartamento e que confirmou em depoimento ter emprestado o local ao deputado em 2016, uma fatura bancária em nome da empregada doméstica Marinalva Teixeira de Jesus, e as impressões digitais do assessor, foram os três motivo apontados pela PGR para o pedido.
No retorno a câmara dos deputados nesta quarta-feira (18),o deputador afirmou ter certeza de que a Polícia Federal não iria encontrar nada.
