Cotidiano

PF investiga políticos que integraram comitê responsável por analisar obras irregulares

POLICIA FEDERAL - DISTINTIVOUm inquérito da Polícia Federal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) investiga parlamentares que integraram o Comitê de Obras Irregulares (COI) no Congresso, entre 2011 e 2015. O caso é ligado à Operação Lava Jato e conduzido pela PF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

As investigações tramitam em segredo, mas foram baseadas na delação premiada do dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa. De acordo com O Globo, a suspeita é de que os membros do COI possam ter favorecido empreiteiras na fase de elaboração de lista de obras do governo federal que contêm indícios de irregularidades graves. Todos os anos, o comitê recebe do Tribunal de Contas da União (TCU) uma lista de sugestões para paralisação de obras suspeitas.

Em um dos depoimentos, Pessoa detalhou que foi beneficiado pelo COI por meio do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz. Caberia a ele “ajudar o declarante [Pessoa] informando-o previamente sobre as obras que iriam para a Comissão de Obras Irregulares — COI da Câmara dos Deputados, a fim de que o declarante se preparasse com antecedência para evitar a suspensão da execução de obras referentes a contratos da UTC”.

Para investigar o caso, a PF pediu o detalhamento sobre as composições do COI entre 2011 e 2015. Atualmente, o comitê tem oito deputados federais e dois senadores. Cedraz negou ter sido beneficiário de propina ou ter atuado em favor da UTC.

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