Cidades

PF apura se Odebrecht comprou imóvel para abrigar sede do Instituto Lula

INSTITUTO LULA - PFDurante as buscas da Polícia Federal no sítio de Atibaia (SP), investigado como propriedade oculta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em março, investigadores da Operação Lava Jato encontraram contratos de compra e plantas de um imóvel localizado em São Paulo que pode ter sido comprado pela empreiteira Odebrecht, por R$ 12 milhões, para abrigar a sede do Instituto Lula. Laudo da Polícia Federal em Curitiba, anexado aos inquéritos que investigam Lula, analisou documentos, entre eles um contrato de opção de compra de imóvel na Rua Dr. Haberbeck Brandão, na Vila Clementino, em São Paulo.

Alguns deles estavam em uma pasta rosa, no sítio de Atibaia, endereçado à ex-primeira-dama Marisa Letícia. As informações sobre o laudo foram reveladas pelo jornal O Globo nesta terça-feira (12). Na pasta rosa havia também plantas de construção de um prédio institucional com capacidade para atender às necessidades de manutenção de um acervo arquivístico, bibliográfico e museológico, bem como auditório para palestras ou eventuais encontros. Um documento analisado pela PF é assinado pelo advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, como representante do outorgado José Carlos Bumlai, outro amigo do ex-presidente.

É um compromisso de compra firmado com a empresa Asa Agência Sul Americana de Publicidade e Administração, com data de 5 de março de 2010. O imóvel custaria R$ 6 milhões.

O imóvel acabou sendo comprada em novembro de 2010 pela DAG Construtora, de um empresário amigo do empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht. Registro de 2014 descoberto pela PF indica que em 2012 o imóvel foi vendido da DAG para a Odebrecht. “Constam dois valores registrados na matrícula, um de R$ 7,2 milhões relativo a um compromisso de compra e venda e outro de R$ 15 milhões relativo a uma cessão”, diz o laudo da PF. Apesar da negociação investigada pela PF, o imóvel nunca serviu de sede para o Instituto Lula. Desde 2011, quando ele deixou a Presidência, a sede do instituto funciona em um imóvel no bairro Ipiranga, onde funcionava o Instituto Cidadania.

O imóvel alvo de investigação da PF pertence atualmente à Mix Empreendimentos e Participações e foi adquirido da Odebrecht, em 2013, por R$ 12.602.230,16, em 2014, segundo registro. O terreno tem 5.255,08 m². “Os peritos também observaram que o terreno foi objeto de negociação para atender interesses do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que foi identificada em sua residência comunicação com tratativas para compra da propriedade, mediadas por Roberto Teixeira e tendo como promitente comprador José Carlos Bumlai”, informa o documento. Desde fevereiro, a PF apura o elo da Odebrecht com a aquisição de um prédio para sede do Instituto Lula.

Em relatório de 44 páginas anexado ao inquérito da Operação Acarajé – 23.ª etapa da Lava Jato -, em que complementa pedido de buscas o delegado Filipe Hille Pace analisa a anotação “Prédio (IL)” encontrada em celular do empresário Marcelo Odebrecht ao lado de valor superior a R$ 12 milhões. O Instituto Lula informa: “Desde que foi criado, em 2011, o Instituto Lula funciona em um sobrado adquirido em 1991 pelo antigo Instituto de Pesquisas do Trabalhador. No mesmo endereço funcionou, por mais de 15 anos, o Instituto Cidadania.

Originalmente, era uma imóvel residencial, semelhante a tantos outros no bairro Ipiranga, zona sul de São Paulo. Em nota, o advogado Roberto Teixeira avalia “não ter fim a tentativa da Lava Jato de criminalizar a advocacia que não se dobra aos seus excessos”. Diante disso, Teixeira protocolou hoje novo pedido de providências dirigido ao Conselho Federal da OAB, aditando requerimento do dia 07/07/2016.

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