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Pesquisa brasileira sobre HIV tem divulgação internacional

TUBO DE ENSAIO - HIVUma pesquisa realizada no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, integrou uma iniciativa de divulgação científica internacional em plataforma multimídia promovida pelo American Journal Experts, serviço que auxilia pesquisadores na revisão e no preparo de manuscritos para publicação em periódicos científicos. A iniciativa consiste em apresentar o conteúdo dos manuscritos em vídeo, com linguagem simplificada e buscando despertar o interesse pelos resultados apresentados nos artigos. Os primeiros vídeos produzidos tratam da pesquisa Vigilância e diagnóstico de infecção por HTLV-1 e HTLV-2 em indivíduos infectados pelo HIV (vidiHIV/HTLV), coordenada por Adele Caterino-de-Araujo, do Centro de Imunologia do Instituto Adolfo Lutz, com apoio da FAPESP por meio do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS).Os resultados apresentados pelos vídeos foram publicados em artigos na revista AIDS Res Human Retroviruses e trazem importantes contribuições para o entendimento da dinâmica das coinfecções por HIV, o vírus da Aids, e os vírus HTLV-1 e HTLV-2, da mesma família, sendo o HTLV-1 associado ao surgimento de doenças neurológicas degenerativas e hematológicas, como leucemia e linfoma, além de polimiosites, poliartrites, uveítes e dermatites. De acordo com Caterino-de-Araujo, o objetivo do American Journal Experts foi produzir vídeos com resultados de pesquisa de interesse público como pilotos para um projeto de divulgação científica multimídia. “A ideia é que não só a comunidade científica da área tenha acesso às informações, e a linguagem audiovisual empregada ajuda a ampliar o alcance do trabalho”, disse à Agência FAPESP.

Os vídeos estão sendo adequados para publicação no portal do American Journal Experts, mas já podem ser acessados na Agência FAPESP. Os retrovírus humanos HIV e HTLV causam infecção crônica no hospedeiro e compartilham as mesmas vias de transmissão. Nas décadas de 1980 e 1990, a população mais afetada pela coinfecção HIV/HTLV era de usuários de drogas injetáveis, mas esse cenário vem mudando desde então. A identificação adequada dessas infecções virais tem importância diagnóstica e prognóstica. De acordo com Caterino-de-Araujo, a coinfecção HIV/HTLV-1 pode interferir no início da terapia antirretroviral e acelerar a progressão de doenças associadas a esses vírus. Por outro lado, também parece ter papel protetor na progressão para a Aids. “Isso ocorre devido à produção de citocinas com perfil Th1 ou pela produção de quiomicinas que se ligam aos correceptores do HIV, impedindo sua penetração na célula hospedeira”, explicou. Diante disso, o Ministério da Saúde recomenda nos manuais Guia de Manejo Clínico da infecção por HTLV e Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção por HIV em Adultos a realização da sorologia para HTLV no início do acompanhamento do paciente com HIV. (Agência Fapesp)

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