Cotidiano

Países da Europa temem avanço da Covid-19 e endurecem restrições; veja medidas

Diante de um cenário já classificado por alguns especialistas como a “quarta onda” da pandemia, a Europa – que há semanas observa o aumento no número de infecções e mortes por Covid-19 – voltou a impor medidas mais restritivas para conter a circulação do coronavírus.

No dia 4 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta de que o continente europeu é novamente o epicentro da pandemia. Além disso, entidades de saúde demonstram preocupação com a chegada do inverno, que pode agravar doenças respiratórias como a Covid-19.

Desta vez, além do distanciamento social e ações sanitárias, o continente busca reduzir o número de pessoas que resistem à imunização contra a doença.

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Confira abaixo medidas tomadas por alguns países.

Holanda

Na sexta-feira (12), a Holanda tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a impor lockdown parcial desde o verão no continente. A medida foi motivada pelo aumento de casos da infecção por coronavírus, que atingiram um recorde diário de 16.300 na quinta-feira (11).

Bares, restaurantes e o comércio não essencial deverão fechar às 19h por pelo menos três semanas. Há ainda o incentivo ao trabalho remoto e a proibição da presença de público em eventos esportivos. Escolas, teatros e cinemas permanecem abertos.

Alemanha

A Alemanha registrou, nesta segunda-feira (15), um novo recorde na incidência de Covid-19 a cada cem mil habitantes. De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), o país atingiu o índice de 303. A maior taxa durante a pandemia foi verificada no sábado (13), de 277,4.

O governo alemão e lideranças políticas de 16 estados devem se reunir em breve para debater medidas mais rígidas de controle, apesar de os três partidos que negociam atualmente a formação de um novo governo concordarem com a expiração do “estado de emergência” – ao qual o país está submetido desde o começo da pandemia – no próximo dia 25 de novembro.

Além disso, o Exército alemão se prepara para mobilizar 12 mil soldados até o Natal para ajudar os serviços de saúde que possam eventualmente estar sobrecarregados, segundo o jornal “Der Spiegel”, e fornecerá vacinas de reforço e testes em casas de repouso e hospitais.

Áustria

O governo austríaco, por sua vez, decidiu impor um lockdown diferente das medidas vistas até então: a partir desta segunda-feira (15), apenas pessoas não vacinadas contra o coronavírus devem restringir a circulação no país.

De acordo com o governo, conservador, cerca de dois milhões de pessoas não imunizadas no país de nove milhões de habitantes só terão permissão para deixar suas casas em casos específicos, como ir ao trabalho ou fazer compras de itens essenciais.

A taxa de vacinação total na Áustria é de apenas cerca de 65% da população, uma das mais baixas da Europa Ocidental.

Itália

Na Itália, um mandado para que todos os trabalhadores apresentem comprovante de vacinação contra a Covid-19 — o passaporte sanitário emitido pelo governo — entrou em vigor em outubro.

A decisão causou a revolta de grupos antivacina, que chamam a medida de “ditatorial”. Desde então, há registros de protestos em diferentes regiões do país.

Até o momento, 7 milhões de cidadãos italianos aptos a receber a vacina contra a infecção ainda não buscaram a primeira dose. Apesar disso, mais de 80% das pessoas com mais de 12 anos estão completamente vacinadas no país.

Além da Holanda, mais nove países da União Europeia constam na lista divulgada pelo ECDC (Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças) que aponta os alvos de “preocupação muito alta” a respeito do aumento de casos.

Bélgica, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Estônia, Grécia, Hungria, Polônia e Eslovênia são os principais focos de atenção das entidades de saúde no momento.

Já Áustria e Alemanha, que também anunciaram medidas restritivas, aparecem ao lado da Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Romênia e Eslováquia com a classificação “preocupante”.

De acordo com o relatório semanal divulgado pela ECDC, a agência de saúde “prevê-se que as taxas de notificações de casos, taxas de mortalidade e internações em hospitais e UTI aumentem nas próximas duas semanas”.

O documento ainda alerta que “os países com menor taxa de vacinação continuam a ser os mais gravemente afetados”, mas destaca que “o aumento das taxas e situação epidemiológica preocupante são agora observados na maioria dos Estados-Membros da União Europeia”.

CNN Internacional e Reuters

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