Esportes

Osorio inspira Ceni, mas ídolo ainda teme seguir carreira como técnico

ROGERIO CENI - FONTE NOVADesde o ano passado, Rogério Ceni passou a projetar seu futuro longe dos gramados e nunca escondeu o desejo de se tornar treinador de futebol. Quando ainda não havia decidido se continuaria jogando em 2015, o Mito planejava estudar inglês por três meses nos Estados Unidos para poder iniciar cursos de técnico na Europa, onde já havia visitado Real Madrid e Barcelona, na Espanha.

O goleiro-artilheiro costuma citar o português José Mourinho, do Chelsea (ING) e o espanhol Pep Guardiola, do Bayern de Munique (ALE), como as grandes referências na atualidade, além de exaltar o aprendizado que teve com Telê Santana, Carlos Alberto Parreira, Paulo Autuori e Muricy Ramalho no São Paulo. Agora, o Mito tem outra figura para buscar inspiração: Juan Carlos Osorio.

– O principal que ele traz é o conceito de jogo, que já tinha no Atlético Nacional (COL). Lá ele tinha um ótimo gramado e isso facilita. É o que ele pensa de futebol por ter trabalhado na Europa. Cito mais sobre o que ele pede durante o jogo, que considero o bem para quem quer jogar. Com um gramado bom, a beleza do futebol vem. Não dá para ficar chutando bola para frente e se limitar a marcar. O jogo fica muito mais bonito quando o time põe a bola no chão para chegar até a outra área – elogiou o camisa 01.

Apesar do desejo em ser treinador no futuro, Ceni ainda é cauteloso para falar sobre o assunto. Inevitavelmente, pedidos para que a carreira começasse, ou ao menos passasse, pelo São Paulo seriam feitos, mas é justamente isso que faz o capitão ter dúvidas. O goleiro crê que a imagem de ídolo construída nos 25 anos de carreira no clube pode ser manchada com resultados adversos, a exemplo do empate em 1 a 1 com o Palmeiras no último domingo, causado por erro de passe do arqueiro na saída de bola já nos acréscimos – uma das principais características do trabalho de Osorio.

– Não à toa consideramos o melhor futebol do mundo Barcelona e Bayern de Munique, que mantêm a posse de bola, trocam passes desde a defesa. O Osorio trouxe esse conceito de fora, e eu concordo muito. É um aprendizado muito grande com ele, só que existe um vínculo grande com esse clube, e eu correria muitos riscos de apagá-la. Se ganhássemos o clássico, éramos fantásticos. Depois, até o jogo virou equilibrado, algo que não é verdade. Do mesmo jeito que ele me inspira pela ousadia por querer algo diferente, manter essa idenfiticação no clube intacta me faz repensar ser treinador de futebol – ponderou.

Lancenet

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios