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Obras de transposição do São Francisco retalham propriedades

OBRAS TRANSPOSIÇÃOSertanejos que tiveram suas terras cortadas ao meio pelos canais da transposição do rio São Francisco querem saber como chegarão ao outro lado de suas terras quando a água começar a correr. As obras estão atrasadas e paradas em vários trechos. A preocupação dos moradores é que eles sejam obrigados a andar quilômetros na caatinga para chegar à parte isolada de suas propriedades. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o clima é de apreensão, pois a maioria não tem carro e carrega nos braços ou em carroças a lenha para os seus fogões e a vegetação nativa usada como ração. Os 713 quilômetros dos eixos leste e norte da transposição passam por 1.803 propriedades em Pernambuco, na Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. O Ministério da Integração Nacional não informou quantas delas foram divididas, mas, de acordo com o órgão, passagens sobre o canal serão feitas, em média, a cada 2 km. A localização, informou, foi acertada em reuniões com as comunidades. Iniciada em 2007, com previsão de conclusão para 2012, a transposição de parte das águas do “Velho Chico” está com 43% das obras concluídas. Vários trechos estão abandonados, e a expectativa, agora, é que os trabalhos somente terminem em 2015. Galpões foram saqueados e estão sem portas e janelas. Há montanhas de brita abandonadas. A erosão corrói paredes de terra desprotegidas do canal. Plantas crescem dentro dele, contrastando com o cinza que predomina na caatinga.

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