À medida que nos aproximamos do fim dos bloqueios e da histeria (pelo menos enquanto não surge uma segunda onda) e entramos em um novo estilo de vida mais atenta aos microorganismos, tentando equilibrar o retorno ao trabalho, mantendo o vírus sob controle, uma consequência importante a ser considerada é como toda essa loucura nos afetou e, em particular, nossas carteiras. Uma questão em particular que nos atormentou durante esse período sem precedentes é o estado e a força do mercado imobiliário, uma pedra angular na economia mundial. Com 85% das agências imobiliárias fechando por meses e uma queda geral no interesse em comprar imóveis, de acordo com um relatório da empresa imobiliária americana JLL, até que ponto o mercado será afetado? E o mais importante, como isso se recuperará?
Em suma, muito bem. Os últimos meses obviamente não tiveram o mesmo nível de crescimento que Portugal registrou na última década, após o colapso de 2008. Mas, com o lento retorno da normalidade, estamos começando a ver como é o mercado imobiliário pós-pandemia, e parece relativamente bom. De acordo com um relatório da Imovirtual, Lisboa continuou a ver um aumento nos valores dos imóveis, aumentando em média 2,9% apenas em junho. Setúbal registrou o maior aumento mensal em relação a maio, com um aumento de 4% no valor médio da propriedade em junho de 2020.
No que diz respeito ao arrendamento de imóveis, Setúbal continua a liderar o caminho, com o maior crescimento do país em junho, os imóveis da região registraram um crescimento de 9% em relação ao preço médio de locação de €857 a €935. O relatório Imovirtual indica que a tendência de queda nos preços de aluguel observada no primeiro semestre do ano agora parou e está aumentando constantemente, com a média nacional de um aumento de 10% no valor dos imóveis para aluguel. Lisboa continua a liderar o mercado de aluguel, resultado de ter o maior salário médio mensal no país em €1546. Seguindo de perto atrás de Lisboa em termos de preço de aluguel, estão os distritos de Porto, Setúbal e Faro.
Parece que a incerteza econômica que estamos enfrentando nos últimos meses está diminuindo e estamos começando a ver um retorno à normalidade no mundo real e no mercado imobiliário. Com os aumentos nacionais nos valores das propriedades aumentando lentamente, devemos ver o crescimento a que estamos acostumados, possivelmente até o final do ano, o mais tardar.
