Cotidiano

O Dia em que um Pudim Americano Iniciou a Queda do Comunismo Soviético

Em setembro de 1989, Boris Yeltsin, o popular líder reformista soviético/russo, recém-eleito, foi visitar um típico supermercado americano no estado de Texas.

Após a visita, Yeltsin, na altura com 58 anos, disse que se os seus concidadãos soviéticos/russos, que geralmente ficavam horas nas filas intermináveis para comprar os alimentos mais primitivos, vissem os supermercados americanos, “haveria uma revolução”.

No Randall’s Supermarket os compradores e funcionários apertavam lhe as mãos e diziam olá. Em 1989, mesmo nos EUA pouca gente tinha algum telemóvel ou câmara no bolso, por essa razão não houve “selfies” com o futuro presidente russo.

Yeltsin perguntava os clientes sobre as suas compras e sobre os preços dos bens. Aos funcionários do supermercado perguntava se estes tinham que ter uma formação especial para gerir a loja. Nas fotos do jornal Houston Chronicle, é possível ver Yeltsin à admirar a seção de produção, peixaria ou balcão de pagamento. Ele parecia especialmente entusiasmado com os pudins congelados.

“Mesmo o Politburo não tem essa escolha. Nem mesmo Gorbachev”, dizia ele.

O fato de que os supermercados como aquele existirem literalmente em cada esquina americana, o realmente maravilhou. A loja até lhe ofereceu as amostras de queijo grátis. De acordo com a repórter que o acompanhou na ocasião, Yeltsin não saiu de mãos vazias, pois recebeu uma pequena bolsa de guloseimas para aproveitar na sua viagem.

Já, no avião, viajando até Miami, ele estava desanimado. Não conseguia parar de pensar toda comida abundante disponível nos EUA, principalmente comparando com as misérias, em termos de oferta alimentar, acessível aos cidadãos soviéticos.

Yeltsin, ele escreveu sobre a sua experiência de Randall’s, que essa destruiu a sua visão do comunismo. Dois anos depois, ele saiu do Partido Comunista e começou à fazer reformas económicas e sociais. Assim, os simples pudins americanos derrotaram a ideologia comunista.

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