Cidades

Número de infectados com HIV diminui na Bahia, mas medicações estão com estoque reduzido

HIV TUBO DE ENSAIOA maior parte das novas contaminações pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) na América Latina veio do Brasil. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), 49% dos casos de 2016 foram registrados nas terras tupiniquins, cerca de 96 mil pessoas. No entanto, em comparação com o país, a Bahia registrou uma diminuição significativa nos novos casos. Em 2016 foram 1187 novas pessoas infectadas, já, até julho deste este ano, dados da Sinan apontam que foram registrados 389 novos casos, a maior parte entre homens, 278 casos, contra 111 em mulheres.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), explicou por meio de nota que a primeira ação da pessoa ao descobrir que está infectada deve ser a de procurar uma unidade municipal de saúde para fazer o atendimento. Nas unidades também é possível fazer o teste. Além das unidades municipais, em Salvador a pessoa pode procurar também atendimento no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP), no bairro do Garcia.

Segundo a Sesab, o local “tem sua atenção voltada aos portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis e do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causador da AIDS. Seu principal objetivo consiste em assegurar uma atenção de excelência e melhoria da qualidade de vida dos usuários”, disse.

HIV x Aids – contaminação

Quando surgiu, no início da década de 1980, o HIV afetava em sua maior parte homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis e hemofílicos. Contudo, embora o preconceito perdure, estes grupos não são mais considerados de risco e há alguns anos o quadro mudou e o vírus não se concentra mais em grupos específicos. No entanto, alguns profissionais defendem que usuários de drogas injetáveis continuam sendo um grupo mais vulnerável, além de mulheres jovens, que mantém relações sexuais com muitos parceiros ou fixos sem usar proteção e ainda mulheres idosas, que confiam na fidelidade do parceiro por conta das relações duradouras.

Várias são as formas de infecção do vírus, as mais comuns acontecem durante relações sexuais sem proteção, sejam elas orais, vaginais ou anais. Embora esta primeira tenha um risco menor comparada às outras, não deve ser feita sem preservativo. O melhor método de prevenção contra o vírus ainda continua sendo o uso da camisinha. Segundo estudos realizados por pesquisadores dos Estados Unidos, o látex, material que é feito o preservativo, não possui nenhum poro por onde o vírus pode passar, mesmo após ter sido esticado 30 mil vezes.

Embora muita gente confunda, ter o vírus HIV não é a mesma coisa de ter a doença Aids. Quando o tratamento é feito de forma adequada, a doença pode nunca se manifestar, mesmo a pessoa soropositiva tendo o vírus no seu organismo. Se o tratamento não for realizado corretamente, o vírus ficará mais forte e atacará o sistema imunológico da pessoa. A Aids é caracterizada pela queda da taxa dos linfócitos CD4, células de defesa do sistema imunológico. Com o enfraquecimento do sistema, o portador da doença fica mais propenso a pegar doenças e infecções que, a depender do estágio da Aids, podem levar o paciente a morte.

Medicamento

O tratamento da doença é feito com a combinação de cerca de seis medicamentos (coquetel). Quando combinados, os remédios podem diminuir a carga viral a ponto do HIV não ser mais detectável, no entanto é importante ressaltar que isso não significa que a pessoa está curada e pode parar de tomar a medicação. O medicamento pode ser conseguido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, soropositivos estão enfrentando a falta de alguns remédios da rede pública em Salvador.

Ainda de acordo com a Sesab, no interior são 30 pontos de distribuição dos medicamentos e em Salvador, além da Cedap, os remédios podem ser encontrados no Hospital Couto Maia, Hospital Roberto Santos, Semae (Liberdade) e Centro de Saúde Marimar Novaes (Dendezeiros). “Para a população privada de liberdade quem distribui é a Central Médica Carcerária”, explica.

A Sesab confirmou que alguns medicamentos estão com o estoque baixo e alegou que o responsável em repassar a medicação é o Ministério da Saúde, que já foi avisado da falta de remédios.

Varelanoticias

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