Cotidiano

Número de casos de chikungunya e dengue em 2016 na Bahia supera o de 2015

MOSQUITO DENGUEO número de casos de dengue e chikungunya na Bahia, entre janeiro e setembro deste ano, superaram a quantidade de casos notificados em todo o ano de 2015.  De acordo com a Sesab, foram 53.842 casos de dengue e 24.304 de chikungunya em 2015, enquanto até setembro deste ano já foram registrados 62.892 casos de dengue e 47.895 de chikungunya.
Os casos de Zica também aumentaram, mas em uma intensidade menor. Em 2015, foram 66.203 casos, o que dá uma média de aproximadamente de 5.516 por mês. Até setembro de 2016, a Sesab registrou 55.128 casos, o que dá uma média de 6.125 casos mensais. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
A médica infectologista Ceuci Nunes diz que as três doenças preocupam. “A que mais coloca a vida em risco é a dengue. A gente sabe que tem o grande problema da microcefalia com o zika, e o problema da chikungunya que você fica doente, sintomático, com dor articular, por até alguns anos. Todas as três são doenças preocupantes”, afirma.
Em Salvador, o local com maior índice de infestação é o Itaigara, bairro de classe média, com 3,6%. O ideal, segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), é abaixo de 1%. Na localidade, os principais criadouros são copos e garrafas, carros abandonados, além de jardins e casas fechadas.
Os agentes de saúde perceberam, entretanto, que algumas casas fechadas tinham apenas mosquitos adultos, e não havia criadouros, o que indica que os mosquitos estavam se criando em outro lugar. Com isso, eles começaram suspeitar que os criadouros poderiam estar nas bocas de lobo. Após fiscalização, foi constatado que das 72 bocas de lobo pesquisadas, 14% tinham focos do mosquito.
Segundo a bióloga Raquel Perez, com a chegada da primavera, quando o o clima reúne chuva e calor, o ambiente fica ainda mais favorável para a reprodução do mosquito aedes aegypti, transmissor das doenças.
“Com as chuvas, você vai ter os reservatórios naturais, propícios para a multiplicação, para oviposição da fêmea. Com a temperatura mais quente, o ciclo pode ser reduzido em cinco dias. E aí você tem várias gerações do mosquito ao mesmo tempo”, explica a bióloga.

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