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Novos aparelhos para corrigir os dentes são quase imperceptíveis

106139“Sorriso metálico” e “boca de lata” são apelidos que já não precisam mais fazer parte da vida de quem tem que usar aparelhos ortodônticos. Com os avanços da ciência, os novos corretores estão cada vez mais confortáveis e – a melhor parte – imperceptíveis.

A mais recente dessas novidades são os chamados alinhadores invisíveis. São moldeiras de acrílico transparentes feitas sob medida. “O cliente vai à clínica, nós fazemos um molde de sua arcada e enviamos ao laboratório nos Estados Unidos. Lá, o molde é digitalizado em um tomógrafo. Todos os aparelhos a serem utilizados durante o tratamento já são enviados para o dentista no início”, conta o ortodontista Carlos Henrique Carvalho, professor de ortodontia no Centro de Pós Graduação São Leopoldo Mandic.

Os alinhadores transparentes são também removíveis. Mas essa liberdade pode ser uma armadilha, pois, para o tratamento dar certo, é necessário disciplina. “Se a pessoa não usar o aparelho por, pelo menos, 22 horas por dia, não funciona. Já tivemos pacientes que optaram pelo aparelho fixo por reconhecer que não teriam disciplina para usar as placas removíveis”, relata Carvalho.

Apesar de todas as vantagens, os alinhadores invisíveis não são recomendados para todos os casos. “Quando a pessoa tem má oclusão (a “mordida” está desalinhada), ela ainda precisará do aparelho fixo”, afirma o cirurgião-dentista especialista em ortodontia Willian Guimarães Madeira, que é conselheiro/tesoureiro do Conselho Regional de Ortodontia de Minas Gerais. Outro ponto negativo dos alinhadores pode ser o preço. O tratamento com eles costuma ser 30% a 40% mais caro do que com os aparelhos fixos.

Sem borrachinha. Mais conhecidos, os aparelhos fixos também se modernizaram. Os novos modelos autoligados dispensam o uso das borrachinhas coloridas que prendem o fio às pecinhas que ficam presas aos dentes. “Os braquetes têm uma espécie de gaveta que prende o fio lá dentro. Além de não precisar das borrachinhas, as manutenções podem ser mais espaçadas”, explica Madeira.

Os aparelhos auto ligados podem ficar ainda mais discretos se os braquetes forem feitos de porcelana. “O fio pode ser branco. De longe, nem dá para ver que a pessoa está usando aparelho”, garante o cirurgião-dentista.

Os chamados “freios de burro” – aparelhos externos que se prendem à cabeça ou ao pescoço – também estão caindo em desuso. “Com a evolução das tecnologias, temos conseguido fazer a maior parte dos trabalhos com aparelhos internos à boca”, diz o especialista.
Praticidade ajuda a manter a disciplina

A advogada Marcela Borato Silva de Araújo Pinto, 32, precisou voltar a usar aparelho. Mesmo depois de ter corrigido a arcada dentária quando ainda era adolescente, seus dentes voltaram a se separar. Para resolver o problema, desta vez, ela optou por alinhadores removíveis. 
“Eles são bem mais confortáveis do que o aparelho fixo. Toda vez que troco as moldeiras, os dentes não ficam doloridos como ficavam com o aparelho fixo. Além disso, eu já sei que meu tratamento vai durar um ano e meio e que vou usar 37 moldeiras”, afirma. 
Outro ponto positivo levantado por ela é a higienização: basta ela retirar o aparelho e escovar os dentes normalmente. Os alinhadores também são limpos com a escova de dentes. 
Disciplinada, ela usa as moldeiras pelo tempo necessário, o que garante que o tratamento siga conforme o planejado. “Na primeira semana, tive muita dificuldade de adaptação. Mas tenho que manter a disciplina se quiser trocar de moldeira e continuar o tratamento”, afirma ela. 
Marcela está investindo cerca de R$ 15 mil em seu tratamento. Mas ela está satisfeita. “Fiz os cálculos e, para mim, está saindo mais ou menos ‘elas por elas’, já que o tratamento com os alinhadores não tem custos de manutenção”, declara. (O Tempo)

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