Cotidiano

Nível do Cantareira sobe e vai a 15,8% da capacidade

CANTAREIRA 2O nível do Sistema Cantareira subiu novamente nesta quinta-feira (19) e chegou a 15,8%, segundo boletim divulgado pela Sabesp. O acréscimo foi de 0,2 ponto percentual em relação aos 15,6% registrados na quarta-feira (18). Foi o 13º dia consecutivo de alta no nível das represas que abastecem 5,6 milhões de pessoas na Grande São Paulo. O nível do Cantareira também subiu se levada em conta a nova metologia adotada pela Sabesp, que considera na capacidade total do sistema as duas cotas de volume morto adicionadas no ano passado. Por essa metodologia, o nível subiu de 12% para 12,2% nesta quinta. A chuva que caiu sobre as represas contribuiu para o aumento de nível. Foram 5,7 mm nas últimas horas. No mês, o acumulado já é de 163,4 mm, o equivalente a 91,7% do esperado para março. Apesar disso, a situação ainda é crítica, e a chuva que caiu nos últimos meses conseguiu recuperar apenas a segunda cota do volume morto. Outros sitemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram alta. Foram os casos do Guarapiranga, Alto Cotia e Rio Claro. O Rio Grande caiu 0,1 ponto percentual, e o Sistema Alto Tietê se manteve em 22,2% da capacidade.

Novo método – A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) passou a divulgar na terça-feira (17) duas formas de medição do nível de água armazenado no Sistema Cantareira. A publicação do novo gráfico foi feita após recomendação do Ministério Público (MP), que pediu mais detalhes da situação do manancial com o uso de duas cotas do volume morto desde 2014. Até então, a Sabesp não inseria no cálculo a quantidade de litros acrescentada pelas reservas técnicas (182,5 bilhões de litros do volume morto 1 e 105 bilhões de litros do volume morto 2) autorizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE). A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros. Para dar “mais transparência às informações”, segundo nota oficial, a Sabesp apresentará também um gráfico considerando o volume útil e o volume morto, especificando o volume total do sistema para cada situação. Nesta terça-feira, portanto, com o novo cálculo, o índice é de 11,9%. A companhia informou, por meio da assessoria de imprensa, que apesar da divulgação de dois gráficos, o índice oficial para série histórica será o mesmo de antes e que o volume de água disponível para a população não sofreu alteração. As duas formas de medição podem ser encontradas na página na internet da Sabesp.

Queda no nº de clientes – Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo. O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente a segunda cota do volume morto. O sistema teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03 mil litros/segundo. Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9 litros/segundo, e se tornou o maior reservatório de São Paulo. (G1)

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