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“Não tenho compromisso com A, B ou C”, diz Lúcio Vieira Lima sobre 2022

O ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) falou sobre política e desabafou sobre o momento atual de vida após enfrentar um turbilhão dentro da própria família, com a prisão do irmão, Geddel, e também com a própria mãe envolvida em investigações. O baiano concedeu uma entrevista exclusiva ao programa “BNews Agora”, da rádio Piatã FM, na noite desta terça-feira (1º). “Não sou uma pessoa de guardar mágoa, ter inimigos”, declarou.

O ex-parlamentar se autointitula como uma pessoa simples. “Não sou homem de ter amante, de ter lancha, de andar na noite e ter bons vinhos. Gosto de suco de uva, comida de boteco. A conversa que eu gosto é a resenha com o povo, com o ser humano. A pandemia serviu para mostrar que todos são iguais. Não tem rico, não tem branco, não tem afrodescendente, católico ou ateu. Todo mundo está sujeito a  mesma coisa”, filosofou.

Sobre os processos que ele próprio enfrenta, ele afirma que ainda possui recursos, mas que respeita decisões judiciais. “Não cabe a mim ficar discutindo processos, os embargos que ainda tenho. O Judiciário tem a sua função. Mesmo que venha a discordar, cabe a mim respeitar”, ressaltou.

Ainda na entrevista, Lúcio voltou a afirmar que não está mais a frente do MDB e que quer cuidar da família.

Absolvição de Geddel

No início de maio, a 12ª Vara Federal do Distrito Federal absolveu sumariamente o ex-presidente Michel Temer, seus ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, além dos ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Rodrigo da Rocha Loures – além do próprio Geddel. Todos estavam envolvidos no chamado “quadrilhão do MDB”.

A acusação contra os integrantes do partido foi movida pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em 2017, após delação premiada do empresário Joesley Batista, que afirmou que a legenda loteou cargos na administração pública para arrecadar recursos ilícitos. Na sentença, o juiz afirma que a denúncia não detalha os delitos por parte dos acusados e diz ainda que houve “abuso do direito de acusar” e até mesmo que a ação “criminaliza” a política.

Na opinião de Lúcio, a opinião pública influencia em ações do tipo. “O que ocorre muito é a influência da opinião pública. Você tem determinados momentos em que a opinião pública está mais exigente e tem outros que não está. Quando teve o mensalão, o Lula conseguiu se reeleger, porque a economia estava bem”, avalia.

Eleições 2022
Lúcio ainda falou sobre a possibilidade do MDB lançar candidato ao Governo da Bahia no próximo ano. O baiano defende que todos os partidos lancem candidatos. “Eu sou defensor de candidatura própria, porque é a base de qualquer partido. O correto é que todos os partidos lançassem candidatos, porque é esse o princípio da eleição de dois turnos”, sinaliza.

Caso o partido não lance um nome próprio, a tendência segundo ele é pleitear um lugar na chapa majoritária. Ele disse que pode conversar com todos os grupos políticos, incluindo os dois principais players já colocados: ACM Neto (DEM) e Jaques Wagner (PT). “Eu não tenho compromisso com A, com B ou C”, ressaltou.

Lúcio também negou ter influência na chegada de Elmar Nascimento ao PSL. Os dois partidos estão caminhando unidos até então. “Ele [Elmar] tomou o partido de Dayane [Pimentel], o de Lúcio não”, ironizou.

Na esfera nacional, Lúcio avalia que vai aguardar para saber o que o MDB nacional vai decidir sobre a corrida presidencial. Ele também não se posicionou sobre a polarização entre Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

Bnews

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