Cotidiano

Na Rússia, brasileira divide cela com prostituta e homicida após visto ter expirado

GISANE GRILLOT
Foto – Facebook

Natural de São Paulo, a empresária Gisane Grillot, de 37 anos, ficou presa durante 34 dias em Kursk, no sul da Rússia, após ultrapassar em nove dias o período do visto. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo deste sábado (28), Gisane conta que dividiu a cela com uma prostituta e uma condenada por homicídio. Ela foi visitar a filha de 19 anos que estuda medicina no país e quando se dirigiu ao Aeroporto de Moscou para retornar ao Brasil foi barrada pela polícia russa. “Deram uma multa de 3.000 rublos [R$ 170] e me mandaram procurar o consulado brasileiro, dizendo que eu precisava de visto de saída”, contou a empresária, que procurou os serviços do consulado, mas não obteve sucesso. Gisane foi ouvida em audiência pela Justiça da Rússia e acabou condenada com 10 dias de detenção – no 13º dia ela descobriu que não seria liberada porque tinha que receber uma cópia da sentença em português. “A juíza me fez quatro perguntas: meu nome, se eu era do Brasil, por que eu tinha atrasado e se eu tinha ciência do meu erro. […] Tudo durou dois minutos. Ela me declarou culpada”, narrou a brasileira ao jornal Folha de S. Paulo. O ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Moscou, Miguel Griesbach de Pereira Franco, disse que a prisão de Gisane Grillot não foi ilegal. Segundo ele, a empresária violou dois dispositivos da lei russa. Gisane conseguiu liberação após seu marido, que é advogado, fazer uma reclamação na ouvidoria do Itamaraty. No Facebook, ela agradeu o apoio de familiares e amigos e sinalizou que já está no Brasil.

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